Nos primeiros oito meses de 2025, a Operação Energia Limpa registrou aumento de 114% no número de prisões em comparação ao mesmo período do ano passado. Enquanto em 2024 foram 34 pessoas levadas à delegacia até agosto, em 2025 o número saltou para 73.
O aumento é resultado das ações conjuntas entre a Energisa e as forças de segurança, que têm intensificado as operações para prevenir e combater o furto de energia.
Cerca de 70% das prisões por furto de energia são de proprietários de revenda de bebidas ou mercados de bairro. Segundo o gerente de combate a perdas da Energisa Mato Grosso, Luciano Lima, esse é um setor que a concessionária está muito atenta e fica o aviso para quem ainda acredita que estar fora da lei compensa. Ele lembrou que o furto de energia é crime, previsto no artigo 155, e pode dar até quatro anos de cadeia.
Na última quarta-feira (10), dois irmãos foram presos em Itanhangá em mais uma ação da Operação Energia Limpa, realizada em conjunto entre Polícia Civil, Politec e concessionária de energia. Durante a inspeção, os peritos constataram sinais de violação em dois medidores de energia elétrica instalados em apartamentos. Fios de cobre soldados foram instalados diretamente na placa com a finalidade de fraudar o registro do consumo de energia elétrica. Os irmãos, donos de um mercado na cidade, foram presos e conduzidos à Delegacia de Tapurah para as providências cabíveis.
O delegado titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá, Sylvio do Vale Ferreira Júnior, ressaltou a importância da atuação integrada.
“Esses resultados demonstram a eficiência da união entre a iniciativa privada e as forças de segurança. O furto de energia não é apenas um crime patrimonial, mas também um risco à vida das pessoas, já que as ligações clandestinas podem provocar acidentes graves e até fatais. Continuaremos atuando com rigor para coibir essa prática e responsabilizar os envolvidos”, destacou.
E esse problema é nacional. O delegado titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá, Sylvio do Vale Ferreira Júnior, ressaltou a importância da atuação integrada.
“Esses resultados demonstram a eficiência da união entre a iniciativa privada e as forças de segurança. O furto de energia não é apenas um crime patrimonial, mas também um risco à vida das pessoas, já que as ligações clandestinas podem provocar acidentes graves e até fatais. Continuaremos atuando com rigor para coibir essa prática e responsabilizar os envolvidos”, destacou.
O furto de energia, conhecido como perdas não técnicas de energia elétrica no Brasil, representaram um custo de R$ 10,3 bilhões em 2024, de acordo com relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Conhecido como “gato”, o furto de energia ocorre no mercado de baixa tensão, que é composto por consumidores residenciais, pequenos comércios, escritórios e pequenas indústrias. Esse furto de energia gera também um consumo sem controle da carga distribuída. Inúmeros aparelhos, tecnicamente precários, estão conectados a essa carga furtada, o que provoca danos ao sistema e prejudica o atendimento aos demais consumidores.
Além do impacto financeiro na conta de luz dos consumidores, essa prática gera consumo sem controle, podendo sobrecarregar o sistema, provocar danos à infraestrutura e prejudicar a qualidade do serviço aos demais consumidores.
De acordo com a Aneel, em 2024, as interrupções no fornecimento por roubo de energia somaram 88.870 – cada uma delas com duração média de 8,64 horas.
A segurança da população também é comprometida: em 2024, 45 pessoas perderam a vida e 69 ficaram feridas em acidentes relacionados a furtos ou ligações clandestinas, de acordo com levantamento da Abradee.