Conteúdo/ODOC - Um homem identificado como Renato Aparecido Alves, de 46 anos, foi assassinado com um golpe de faca na madrugada desta quinta-feira (20), em Sapezal (a 473 km de Cuiabá), após uma discussão dentro da própria residência. A principal suspeita do crime é a companheira da vítima, uma mulher de 39 anos, que relatou à Polícia Militar ter agido em legítima defesa.
De acordo com o boletim de ocorrência, a PM foi acionada por volta da 1h da manhã pela própria mulher, que informou ter encontrado o marido caído do lado de fora da casa, aparentemente sem vida. Quando os policiais chegaram ao local, constataram que a vítima, já estava morto, próximo à porta de entrada da residência.
Dentro do imóvel, a mulher relatou aos policiais que o casal estava na cozinha comendo nuggets quando o marido começou a fazer comentários homofóbicos. Diante disso, os dois iniciaram uma discussão. Ainda segundo o relato da suspeita, após o desentendimento ela foi até o quarto, mas o marido teria ido atrás armado com uma faca e a atingido na perna.
A mulher afirmou que houve uma luta corporal entre os dois, momento em que a faca caiu no chão. Ela disse que, ao perceber que o companheiro tentaria pegá-la novamente, se antecipou e desferiu um único golpe contra ele. Depois disso, se trancou no quarto, onde permaneceu até a manhã seguinte.
Somente ao sair do cômodo, ao acreditar que o marido havia saído para o trabalho, ela notou que os documentos dele ainda estavam sobre a mesa. Ao abrir a porta, viu o corpo do companheiro caído no chão e acionou a Polícia Militar.
A mulher também relatou aos policiais que era vítima de agressões frequentes por parte de Renato e que ele já havia sido preso anteriormente por violência doméstica. Havia inclusive uma medida protetiva em seu favor, que foi posteriormente retirada a pedido do próprio agressor, com orientação jurídica.
Devido às lesões pelo corpo dela, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. Após atendimento médico, ela foi conduzida até a delegacia da cidade para prestar depoimento. O caso será investigado pela Polícia Civil.
