Conteúdo/ODOC - O Ministério Público Estadual (MPE) se manifestou contra o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do advogado Cleber Figueiredo Lagreca, acusado de matar a empresária Elaine Stellato, no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães.
Cleber está preso desde 26 de setembro de 2024. Ele responde por homicídio qualificado e fraude processual.
Elaine morreu no dia 19 de outubro de 2023, durante um passeio no barco do advogado.
Segundo o MPE, Cleber teria tentado manter relação sexual com a vítima, que estava embriagada. Ao ser rejeitado, a espancou, estuprou e matou por asfixia, em seguida amarrando o corpo com uma corda e lançando-o na água para simular afogamento.
A defesa alega que a prisão preventiva foi decretada com base em crime inexistente e sustenta que Cleber necessita de tratamento para depressão. Também citou a responsabilidade dele como curador legal do irmão, que tinha esquizofrenia e faleceu recentemente, segundo o MPE.
O procurador Antonio Sergio Cordeiro Piedade destacou que a prisão preventiva é fundamentada, adequada e necessária, e que o tratamento requerido pelo réu é oferecido na unidade prisional. Ele ainda afirmou que a curatela do irmão tinha caráter apenas civil.
O MPE reforçou que medidas cautelares por razões humanitárias seriam insuficientes diante da gravidade do delito e do risco que Cleber representa à sociedade e ao processo, que ainda aguarda julgamento do júri.