Conteúdo/ODOC - Uma moradora do bairro Pedra 90, em Cuiabá, usou suas redes sociais para relatar que foi alvo de intimidação por parte da equipe da vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade). A denúncia foi feita no domingo (27), após a influenciadora digital cobrar, em vídeo, melhorias para a comunidade e criticar a atuação de parlamentares eleitos na região.
A mulher afirma que, após a publicação, uma equipe ligada à vereadora teria ido até sua residência. Ela publicou imagens que mostram um veículo estacionando em frente à casa e alegou que a visita teve como finalidade pressioná-la por conta das declarações públicas. A parlamentar nega qualquer tipo de ameaça ou coação.
Na gravação inicial, a moradora faz duras críticas à prioridade dada por alguns vereadores, sem mencionar nomes diretamente. “Dois vereadores foram eleitos aqui no bairro. Um preocupado com taxa de lixo, outro com Parada Gay. Com todo respeito à causa LGBT, mas o bairro está cheio de problemas que precisam ser resolvidos”, desabafou.
Apesar de não citar diretamente, os comentários foram interpretados como direcionados a Dídimo Vovô (PSB), que tem atuado na oposição ao prefeito Abilio Brunini (PL), e à própria Baixinha Giraldelli, que já anunciou a destinação de verba para uma Parada da Diversidade no bairro em 2026, por meio de emenda parlamentar.
A situação ganhou novos contornos após a influenciadora afirmar que foi procurada pessoalmente por integrantes da equipe da vereadora. “Vieram aqui na minha porta me intimidar. Eu não sou obrigada a aceitar visita de político. Tenho o direito de cobrar, sou cidadã. E vocês são pagos para isso”, protestou em nova postagem, em que exibe imagens do suposto momento da visita.
Ela ainda acusa uma familiar da parlamentar — identificada como sua nora — de ameaçá-la fisicamente. “Disse que, se me encontrar na rua, vai me bater”, relatou.
Em entrevista ao site Estadão MT, a vereadora Baixinha Giraldelli negou qualquer conduta abusiva. “Não ameacei ninguém, isso não faz parte do meu perfil. Na sexta-feira, circulei pelas ruas do bairro gravando vídeos e registrando o que foi feito pela prefeitura a partir das minhas indicações”, disse. Segundo ela, o objetivo era prestar contas das ações no local.
A parlamentar também destacou que o vereador Gustavo Padilha (PSB) fez solicitações semelhantes para a região, mas reforçou que suas indicações são anteriores, datando do início deste ano.
Apesar da repercussão, Baixinha afirmou que não pretende acionar judicialmente a influenciadora. “Não vou fazer nada. Quem conhece a verdade é Deus”, disse.
O caso foi formalizado na 3ª Delegacia de Polícia de Cuiabá e deve ser apurado pelas autoridades. Até o momento, não há informações sobre eventuais depoimentos ou medidas protetivas solicitadas.
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