ALFREDO DA MOTA MENEZES

Momento norte americano

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Momento norte americano

A mídia norte americana e mundial tem hoje um tópico forte: o atual presidente dos EUA, Donald Trump. Praticamente todos os dias tem um assunto na pauta mundial. Começo pelo alvoroço que provocou na Europa.

Demonstrou que os EUA não são mais o grande guardião daquele continente no seu enfrentamento com Moscou. Depois da segunda guerra mundial, com a chamada Guerra Fria, Moscou de um lado e Washington do outro e a Europa no meio, os EUA davam suporte ao continente. O suporte maior, claro, estava no armamento nuclear que os norte americanos tinham e tem para um suposto enfrentamento com os soviéticos. Agora os europeus sentem que esse apoio já não é tão garantido.

Os europeus resolveram se fortalecer, agora sem os norte americanos. O único pais da área que tem bomba  atômica é a França e este ofereceu suporte aos demais em caso de um suposto confronto com os russos. Falam na Europa em gasto de trilhão de euros para se aramarem sem aquele apoio norte americano. Uma mudança rápida e inesperada.

Outra mexida do presidente norte americano foi sobre a Groelândia. Ali houve agora eleição geral e lá a população, amedrontada com falas do presidente norte americano, votou em massa para manter a atual situação do pais, uma ligação maior com a Dinamarca. E não com os EUA, pois Trump deu sinais de querer uma presença ali na busca também de metais raros que aquela parte do mundo deve ter.

Outro dia o primeiro ministro do Canada fez longa fala que teve repercussão mundial. Em síntese, mostrou como historicamente o país está ligado aos EUA. Até mesmo em parceira em guerras mundiais. Que o comércio entre os dois lados é forte com vendas em ambas as direções sem nenhum atrito. Vem Trump com tarifa enorme para entrada de produtos do vizinho. Os canadenses reagiram por ai também mostrando que não vão comprar e comercializar o tanto que fazem hoje com os EUA. Mais um alvoroço criado pelo atual presidente dos EUA.

Outro vizinho, México, também está se defendendo de atuação do novo presidente americano, principalmente na área de comércio. Tarifa de importação de 25% para muitos produtos é muito alta. A alegação de Trump, talvez para negociar lá na frente, é que o México está deixando entrar muitos imigrantes pela sua fronteira para os EUA.

O que chama a atenção é que os EUA, pouco tempo atrás, era o pais que mais reclamava de taxas nos países para entrada de seus produtos. Queria comércio em ambas as direções aberto. Agora está fazendo o que criticava nos outros países.

O slogan do governo Trump, Make American Grate Again, Maga, ou fazer os EUA grande outra vez é outro item do momento que chama a atenção. Ele quer dizer, é uma das opiniões, que os EUA não são tão grande como antes e que ele vai fazer que  seja novamente? É muito assunto em apenas dois meses no governo, não é mesmo?.

Alfredo da Mota Menezes é professor, escritor e analista político