Conteúdo/ODOC - Os quatro policiais militares presos por suposto envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery teriam “plantado” a arma usada no homicídio em um confronto ocorrido sete dias após o crime nas proximidades do Shopping Pantanal, em Cuiabá.
A arma foi apreendida durante a Operação Office Crime - A Outra Face, deflagrada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta quinta-feira (6), que teve os militares como alvos.
Foram presos os policiais Leandro Cardoso, Wailson Alesandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins, além do suposto executor do crime, o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva. Já o policial Heron Teixeira Pena Vieira segue foragido.
De acordo com o boletim de ocorrência do confronto, datado de 12 de julho do ano passado, a viatura com os policiais Leandro, Wailson, Wekcerlley e Jorge perseguiram três criminosos que teriam roubado um Volkswagen Gol.
Na ação, dois criminosos foram baleados e um conseguiu fugir. Os dois baleados foram socorridos e encaminhados para uma unidade de saúde, onde um deles teve o óbito confirmado. O outro, um adolescente de 16 anos, permaneceu internado.
Com eles, foram apreendidas duas pistolas, sendo uma Jericho e uma Glock.
A DHPP confirmou que a numeração da Glock apreendida no confronto corresponde à arma usada no assassinato do advogado.
A investigação seguem para esclarecer a motivação do crime e identificar possíveis mandantes ou outros envolvidos.
Morte de Nery
O advogado foi assassinado aos 72 anos com sete tiros na cabeça no dia 5 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que ele foi baleado. Nas imagens, é possível ver um homem aguardando o advogado, que, após ser atingido, cai no chão.
Renato foi encaminhado a uma unidade de saúde, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.