FLAGRANTE

Membros de facção são presos suspeitos de matarem jovem a tiros durante churrasco

· 2 minutos de leitura
Membros de facção são presos suspeitos de matarem jovem a tiros durante churrasco

A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu, na manhã desta sexta-feira (12), quatro membros de uma facção criminosa que estavam envolvidos em dois homicídios com ocultação de cadáver, praticados um dia após o outro, no município de Juruena (a 880 km de Cuiabá).

Os suspeitos, de 18, 24, 27 e 31 anos, foram presos e autuados em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, tráfico de drogas e promover ou constituir organização criminosa. Um dos criminosos também estava com mandado de prisão preventiva em aberto. Eles são suspeitos de executar Alex Almeida da Silva e Daniel Lopes dos Santos, de 25 e 27 anos, respectivamente.

As diligências iniciaram-se na terça-feira (9), após a Delegacia de Juruena ser acionada para atender o homicídio de Daniel, que foi atingido por disparos de arma de fogo em uma residência no bairro Bela Vista.

Durante a investigação para esclarecer o crime, os policiais civis de Juruena, com apoio da equipe da Delegacia de Juína, conseguiram identificar o primeiro criminoso, membro de uma facção criminosa e já conhecido por envolvimento em diversos crimes.

Em seguida, foi identificado o segundo criminoso, inclusive com mandado de prisão preventiva em aberto, decretado pela Comarca de Campo Novo dos Parecis, pelo crime de roubo.

Os investigadores descobriram um endereço situado próximo ao terminal rodoviário, no centro da cidade, possivelmente frequentado pela dupla e outros membros da facção responsável pela execução de Daniel.

Durante dois dias de campana nas proximidades do imóvel, os policiais observaram um homem, de nacionalidade venezuelana, se aproximar do imóvel para comprar entorpecentes. Imediatamente, os policiais civis se aproximaram da casa. Um dos suspeitos tentou fugir, pulando vários muros ao ver os agentes, mas ele foi alcançado. Ele tentou resistir violentamente à prisão e foi contido.

Já dentro da residência, o segundo homem foi surpreendido na posse de várias porções de droga. Enquanto os policiais civis realizavam as buscas no interior do imóvel, outros dois indivíduos, em uma motocicleta Honda Pop, se aproximaram da residência.

Ao perceberem a presença da equipe, a dupla empreendeu fuga em alta velocidade. Mas, devido a buracos na via, o garupa da moto se desequilibrou e caiu no solo, momento em que o terceiro suspeito foi detido e preso. O outro suspeito na moto conseguiu fugir.

Ao serem questionados, os suspeitos assumiram o crime contra Daniel. Eles relataram que a execução foi determinada pelos líderes da facção, em razão de a vítima pertencer a um grupo criminoso rival. Eles também confessaram a autoria de outro homicídio praticado no dia anterior à morte de Daniel Lopes.

Na noite de segunda-feira (8), o grupo sequestrou Alex Almeida da Silva e, após mantê-lo em cárcere privado por horas, o submeteu a várias sessões de tortura. Ele foi executado, e o corpo foi jogado em uma região de mata de difícil acesso na região conhecida como Prainha, próximo à margem do rio Juruena.

Em continuidade às diligências, foi localizado o quarto suspeito, que levou o corpo de Alex Almeida da Silva, envolto em cobertas no bagageiro do seu carro Fiat Uno até o local de ocultação. Com base nas informações referentes ao local exato, os policiais civis localizaram o cadáver.

A equipe também descobriu que um dos presos havia furtado uma motocicleta na cidade de Vilhena (RO), na última sexta-feira (5), e, posteriormente, levou o veículo para Juruena, sendo a moto apreendida pela Polícia Militar na quarta-feira (10), escondida no quintal de uma casa abandonada.

Diante dos fatos, os quatro criminosos foram conduzidos para a Delegacia de Juruena, interrogados e autuados em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, tráfico de drogas e promover ou constituir organização criminosa. Após a confecção dos autos, os presos foram apresentados e colocados à disposição da Justiça.