Conteúdo/ODOC - Vereadora Maysa Leão (Republicanos), 2ª secretária da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Cuiabá, disse em entrevista à rádio Capital FM que a Casa de Leis aguarda acesso ao processo da Polícia Civil que afastou os vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), por suspeita de receber propina, para abrir uma comissão processante.
Segundo Maysa Leão, a “Câmara pode e deve agir” neste caso envolvendo os dois parlamentares. “A Câmara não é Judiciário, mas a Câmara pode e deve agir, já cassou vereadores antes de processo judicial concreto, mas a gente precisa ter materialidade. Não somos justiceiras”, disse a parlamentar.
“A gente não pode pegar algo sem materialidade, abrir e cassar uma pessoa com base num print de WhatsApp”, disse sobre os dois vereadores em tela.
Conforme a vereadora, a Câmara só pode agir neste caso depois de ter o processo físico e concluso. “O processo corre em sigilo. Eu poderia pedir para um jornalista amigo me enviar o processo e a gente abrir uma comissão processante em cima de um documento que foi enviado de forma extraoficial. Para os jornalistas, tudo bem, vocês não incorrem em ilícito nenhum. Mas nós, enquanto Casa Legislativa, só podemos abrir algo quando esse documento nos é formalmente entregue”, declarou.
Maysa Leão informou ainda que a Câmara de Vereadores já pediu acesso ao inquérito da Polícia Civil, mas a solicitação – segundo ela – foi negada. “Se a delegacia enviar para gente antes, podemos abrir a processante antes. Mas quando se trata de Justiça e de polícia, só nos cabe obedecer”, completou.