A Reforma Tributária vai trazer problemas para Mato Grosso. A cobrança será no consumo, não na produção. O estado tem população pequena e consumo menor que outros estados.
São Paulo, como exemplo, vai se dar bem pelo tamanho de sua população. Tem um fundo de compensação previsto na Reforma. Mostram números levantados que não vai cobrir o que o estado vai deixar de arrecadar.
A reforma é prevista para entrar em vigor até 2033. Dali para frente virá esse problema que se mostra complicado para o futuro das contas públicas estaduais. Está previsto também que, até aquela data, estado como MT deixará de ter a vantagem de poder oferecer incentivos fiscais para atrair indústrias.
Já está acontecendo essa substituição de forma vagarosa, mas quando chegar àquela data não se poderá mais oferecer isso para atrair investimentos no setor industrial. A agroindústria pode sofrer um baque.
Assuntos preocupantes para o futuro da economia do estado e para as contas públicas. É interessante observar que não se ouve falar muito nisso. Não se tem discussão em lugares que deveriam está à frente desse assunto como a ALMT ou a classe politica e empresarial. E até mesmo as universidades.
Qual o caminho a seguir?. Como sair do sufoco que virá pela frente?. Como um estado, com pouca população e sem um a logística de transporte mais sofisticada, poderá enfrentar aquilo que está previsto para 2033?. Isso afeta até mesmo as noticias boas sobre o tamanho do desemprego no estado, outro assunto do momento estadual.
O IBGE mostrou que a taxa de desemprego em Mato Grosso é, junto com Santa Catarina, mais uma vez, a mais baixa do país. A taxa n mostrada pelo Pnad ou Programa Nacional por Amostra de Domicílios é de 2,3%, com mais de dois milhões de pessoas trabalhando.
Mostra também o estudo o desemprego por região do estado: Norte com 1,5%; Leste, 2%; área metropolitana, 2,9%; Cuiabá, 3,2%. Que daria, no conjunto, aquele percentual geral anual ou o mais baixo do país. Está num patamar que deveria parar por ai.
É que se tem um ponto de vista que emprego pleno não é bom para um pais ou estado. Que, se ocorrer, teriam pessoas que não se esforçariam em seu trabalho porque, se perder o emprego, poderia arrumar outro bem ali na dobra da esquina.
Enfim, MT é campeão em emprego no país. Noticia ruim do estado é sobre o feminicidio. MT é campeão nacional nesse amargo assunto. Em 2024 foram 47 casos, neste ano já houve empate nesse macabro número. Alguém chamou isso de “epidemia”.
Tem pessoas que trabalham com esse tema no estado propondo que se leve para empresas, comércio ou qualquer lugar palestras sobre o assunto. Que isso não deveria ser somente para escolas, mas para tantos outros lugares para ver se essa epidemia não continue a crescer no estado.
Alfredo da Mota Menezes é analista político
