REGISTROU B.O

Mãe denuncia abuso coletivo contra filho de 9 anos dentro de escola pública de Cuiabá

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Mãe denuncia abuso coletivo contra filho de 9 anos dentro de escola pública de Cuiabá
Menino contou à mãe que os colegas esperavam ele ir ao banheiro para cometer os abusos

Conteúdo/ODOC - Um menino de 9 anos revelou à mãe que vinha sendo estuprado por cinco colegas dentro do banheiro de uma escola da rede municipal de Cuiabá. A denúncia foi registrada em boletim de ocorrências ao qual a reportagem teve acesso.

A Secretaria Municipal de Educação ainda não se manifestou sobre o caso.

Segundo o relato feito à polícia, a mãe percebeu que o filho reclamava constantemente de dores na região anal. Ao tentar entender o que acontecia, ouviu do menino que um grupo de estudantes, com aproximadamente 12 anos, o esperava no banheiro para praticar diferentes formas de abuso sexual. O menino também afirmou que os colegas o ameaçavam caso contasse a alguém.

A mulher disse acreditar que o filho não seja a única vítima, embora os episódios tenham ocorrido por um período maior e só agora a criança tenha conseguido relatar a situação por causa das ameaças que sofria.

A denúncia descreve que o menino demonstrava medo e estava emocionalmente abalado com o suposto estupro. A mãe denunciou ainda que a escola nada fez para resolver a situação.

A criança está em acompanhamento psicológico nesta quinta-feira (11), no Hospital Júlio Muller, na capital.

Nota da Prefeitura

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Educação vem a público esclarecer informações referentes ao fato recentemente noticiado envolvendo um estudante da rede municipal de ensino. A gestão trata o caso com máxima seriedade e reitera que foram adotadas todas as medidas cabíveis para garantir a proteção integral da criança, além de colaborar ativamente com as investigações conduzidas pela Polícia Civil.

A linha temporal do caso demonstra que a mãe do estudante registrou o boletim de ocorrência no dia 17 de novembro e, no dia 18 de novembro, compareceu à escola solicitando a transferência da criança. Nesse momento, ao ser questionada pela equipe gestora sobre os motivos, relatou o suposto caso de violência. 

Diante da gravidade do relato, a unidade escolar acionou imediatamente o Conselho Tutelar, comunicou a situação à Secretaria Municipal de Educação e encaminhou o caso a Rede Protege, seguindo os protocolos de proteção. Em 24 de novembro, a direção foi oficialmente requisitada pela Polícia Civil a fornecer documentos e as imagens do circuito interno referentes ao dia 28 de outubro. Desde então, tanto a escola quanto a Secretaria têm colaborado integralmente com as autoridades responsáveis pela investigação.

A Prefeitura reforça que todas as informações foram encaminhadas à Polícia Civil, que conduz as apurações sob sigilo legal, e que nenhum dado sensível ou que possa expor crianças será divulgado.

A pasta reafirma seu compromisso absoluto com a proteção de todos os estudantes e seu repúdio a qualquer forma de violência dentro ou fora do ambiente escolar. A Secretaria permanece à disposição das autoridades, colaborando para o pleno esclarecimento dos fatos, sempre respeitando a mãe e sua preocupação, mas também observando as informações técnicas e os registros formais que compõem a investigação.

Atualizada às 18h32