Política Nacional
Lula diz que Dilma ‘fará o que quiser’ em sua campanha

Nesta sexta-feira (29), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou que esteja “escondendo” a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante sua campanha para as eleições que acontecerão em outubro deste ano. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco.
Segundo o petista, Dilma fará parte de sua campanha, inclusive como “cabo eleitoral”. O aceno positivo a ex-presidente, entretanto, diverge de outras falas que Lula já fez sobre a sua sucessora.
Em diversos momentos nos últimos meses, Lula deixou clara sua distância em relação a ela. “ Tenho orgulho da Dilma […] Dilma fará na minha campanha o que quiser, será cabo eleitoral da minha campanha”, disse.
No entanto, numa entrevista concedida no dia 24 de março, o ex-presidente descartou levar Dilma para um eventual novo mandato na Presidência da República, pois não haveria espaço para “2 presidentes no Palácio do Planalto”.
Na ocasião, ainda falando sobre a aliada, Lula disse que “às vezes, as pessoas podem ajudar não fazendo nada”. No início do ano, em janeiro, o petista também indicou que não levaria Dilma para um eventual novo governo porque ela, embora seja uma pessoa com “competência extraordinária”, “erra na política”.
“Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar” , afirmou.
Nesta sexta, porém, Lula defendeu sua sucessora. “Dilma será minha companheira antes das eleições, durante e depois”, disse. Para o pré-candidato, as coisas começaram a dar errado no 2º mandato de Dilma, quando o ex-deputado Eduardo Cunha (ex-MDB-RJ, atualmente no PTB) assumiu o comando da Câmara.
“Quando quiser fazer críticas à Dilma, ela merece e você pode fazer. Mas onde as coisas começaram a dar errado? Quando Cunha assumiu a Câmara e começou a mandar pautas-bomba todos os dias para a Dilma. Tentar jogar a culpa da quebradeira do Brasil em cima da Dilma é tentar apaziguar o golpe de 2016, que foi o que quebrou esse país” , disse Lula.
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Segundo o petista, o Brasil tinha taxas de emprego comparadas com países europeus até 2014, quando acabou o 1º mandato de Dilma. O ex-presidente prometeu, mais uma vez, rever a reforma trabalhista do governo de Michel Temer, que assumiu o governo.
Objetivos para a economia
Na entrevista, Lula disse que irá transformar o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em um banco de investimentos para pequenas e médias empresas brasileiras, com o objetivo de fomentar o empreendedorismo no país.
“ Quem quiser fazer alguma coisa por conta própria vai poder buscar um banco público para começar o seu negócio. Esse país não pode ser capitalista sem capital, sem crédito” , disse.
O BNDES, no entanto, já tem uma política de financiamento voltada para micro e pequenos empreendimentos. O perfil do banco mudou ao longo dos governos Temer e Bolsonaro. Nas gestões petistas existia a política de se priorizar os chamados “campeões nacionais”, com o objetivo de fortalecer grandes empresas.
O ex-presidente também afirmou que irá “abrasileirar” o preço dos combustíveis no país.
“Não existe nenhuma explicação de preço internacionalizado. Isso só tem como objetivo pagar dividendos para acionistas da bolsa de Nova York. Isso não é explicável para a população brasileira”, disse.
Se eleito, Lula prometeu anunciar um grande plano de investimentos em obras de infraestrutura. “Todas as grandes obras que estão paradas serão reativadas”, disse. O petista afirmou que convocará todos os 27 governadores em janeiro para uma reunião de alinhamento para saber o que cada estado precisa priorizar. “Vamos restabelecer a normalidade federativa do país”, disse.
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Política Nacional
Senado aprova MP que aumenta garantias para setor agro captar recursos

O Senado aprovou hoje (28) uma medida provisória (MP) que auxilia o setor rural na realização de operações financeiras. Com isso, os produtores rurais passarão a ter menos burocracia na hora de fornecerem garantias para esse tipo de operação. Com a aprovação, a MP deixa de ter duração limitada e torna suas regras permanentes. Agora, o texto segue para sanção presidencial.
A MP, assinada em março, cria o Fundo Garantidor Solidário (FGS), que passará a garantir qualquer operação financeira vinculada à atividade empresarial rural. O fundo abrangerá operações de crédito (como empréstimos e financiamentos) e operações no mercado de capitais (como operações com derivativos no mercado futuro).
Com o fundo, espera-se que as exigências de garantias das instituições financeiras sejam reduzidas e que os produtores rurais tenham mais acesso ao mercado financeiro e de crédito. A mudança na exigência de segurança das assinaturas ajudará pequenos produtores e suas cooperativas, que têm até 1º de janeiro de 2023 para obrigatoriamente registrar Cédulas de Produto Rural (CPR) com valor superior a R$ 50 mil.
Atualmente, as CPRs precisam ser registradas em depósitos centralizados para controlar sua negociação no mercado secundário, girando em torno de R$ 200 bilhões.
O relator da MP no Senado, Acir Gurgacz (PDT-RO), defendeu as medidas da MP em um cenário considerado difícil para os produtores rurais, com alta dos juros, problemas nas cadeias produtivas em todo o mundo e aumento do preço dos insumos. “Os financiamentos da futura safra estão começando e é preciso aprovar essa medida que ajudará o produtor rural brasileiro, permitindo que possam encontrar alternativa de financiamento mais barata devido as garantias que estão envolvidas nessa modalidade de financiamento”, disse.
* Com informações da Agência Senado
Edição: Fábio Massalli
Fonte: EBC Política Nacional
Política Nacional
Deputados podem votar MP que autoriza empréstimo consignado a beneficiários de programas sociais


A Câmara dos Deputados pode votar nesta quarta-feira (29) a Medida Provisória 1106/22, que autoriza a concessão de empréstimo consignado aos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Auxílio Brasil, além de ampliar para 40% o percentual da renda que pode ser destinada a essa modalidade de empréstimos. A sessão do Plenário está marcada para as 13h55.
Os parlamentares também poderão discutir mudanças nas relações de trabalho. Estão na pauta a MP 1108/22, que regulamenta o teletrabalho e muda regras do auxílio-alimentação; e a MP 1109/22, que institui medidas trabalhistas alternativas para vigorar durante estado de calamidade pública decretado em âmbito nacional, estadual ou municipal reconhecidos pelo governo federal.
Outro item da pauta do Plenário é o projeto que cria as loterias da Saúde e do Turismo (PL 1561/20). A proposta foi aprovada pela Câmara em maio do ano passado e foi alterada durante a tramitação no Senado. Os deputados precisam analisar as modificações feitas pelos senadores.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli
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