Assessoria - Cuiabá foi palco de um evento importante para a Engenharia Elétrica de Mato Grosso. Durante a 52ª edição do Circuito Nacional do Setor Elétrico – CINASE, no inicio deste mês de outubro , foi lançado o livro “De AMEE a ABEE-MT: Memórias da Engenharia Elétrica Mato-Grossense”, uma obra que resgata a história da associação que representa os engenheiros eletricistas do estado, a ABEE-MT.
O livro foi escrito pela jornalista Cristina Cavaleiro, com a colaboração de Adriana Dussel, atual presidente da ABEE-MT, que também atuou como coautora e organizadora da obra.
Adriana Dussel compartilhou seu sentimento de dever cumprido durante o evento, destacando o trabalho coletivo que levou à realização do livro. “A associação não faz nada sozinha”, afirmou.
Ela explicou que a iniciativa de registrar a história da associação surgiu quando ela percebeu que, como engenheira eletricista, não conhecia profundamente o legado da AMEE. “Desde os primeiros meses em que assumi a associação, eu queria contar essa história, especialmente para homenagear os professores fundadores que ainda estão vivos e para resgatar a história de Mato Grosso”, contou Dussel.
A colaboração com a jornalista Cristina Cavaleiro foi fundamental para o sucesso do projeto. “Conseguimos contratar a Cristina com o patrocínio do Crea-MT, e ela fez um trabalho jornalístico-investigativo brilhante sobre a associação. Mesmo com o tempo curto entre o início do patrocínio e o lançamento do livro, conseguimos produzir um trabalho de qualidade”, completou Adriana Dussel.
A jornalista Cristina Cavaleiro, responsável pela elaboração do conteúdo do livro, destacou a profundidade das entrevistas e da pesquisa histórica realizada. “As entrevistas foram investigativas, abrangendo desde os fundadores até a gestão atual da associação. O livro descreve como a AMEE se formou em um tempo em que não havia sede nem redes sociais, e a comunicação acontecia de boca em boca, por telefone. Os arquivos e documentos preservados foram essenciais para descrever as ações realizadas, especialmente na década de 1980. Foi um trabalho incrível que ficará registrado na memória da Engenharia Brasileira”, afirmou Cristina.
O Fundador da AMEE-MT, professor Ildomar de Freitas
O professor Ildomar de Freitas, um dos fundadores da AMEE-MT, também participou da celebração. Ele recordou a luta dos engenheiros eletricistas em 1981, quando a profissão enfrentava dificuldades para se destacar em um cenário dominado por engenheiros civis.
“Na época, o Crea-MT já existia, mas não havia uma câmara específica para a Engenharia Elétrica. Como representante da UFMT, eu percebi essa disparidade e passei a defender a criação de uma instância própria para os engenheiros eletricistas. Isso resultou na fundação da AMEE”, relembrou Ildomar. A associação nasceu com o objetivo de dar voz e representatividade à classe, e com o tempo, se consolidou como uma referência nacional.
O Apoio do Crea-MT
O evento contou com a presença do presidente do Crea-MT, engenheiro civil Juares Samaniego, que destacou a importância de resgatar a história da engenharia em Mato Grosso. “É fundamental entender quem fundou, por que fundaram e se os objetivos foram alcançados. Cada presidente que passou pela associação deixou uma contribuição, seja grande ou pequena, mas todas foram importantes para a engenharia”, afirmou Juares.
Samaniego também ressaltou o papel do Crea-MT no financiamento de projetos como o livro, destacando a importância da transparência no uso dos recursos públicos. “Quando lançamos chamadas públicas para aplicação de recursos em projetos como livros, palestras ou seminários, a responsabilidade pela utilização do recurso é da entidade. Cabe a ela prestar contas corretamente, e a transparência nesse processo é fundamental para manter a credibilidade”, completou o presidente.
Conclusão
O lançamento do livro “De AMEE a ABEE-MT: Memórias da Engenharia Elétrica Mato-Grossense” é mais do que um simples resgate histórico; é uma homenagem aos profissionais que, ao longo das décadas, ajudaram a moldar a Engenharia Elétrica no estado de Mato Grosso.
A obra, escrita por Cristina Cavaleiro com a colaboração de Adriana Dussel e outros envolvidos, preserva um legado de resistência, dedicação e desenvolvimento da classe, com o objetivo de inspirar futuras gerações de engenheiros.