Conteúdo/ODOC - A Justiça de Mato Grosso recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra 15 pessoas investigadas na Operação Ludus Sordidus, deflagrada em agosto pela Polícia Civil. Entre os réus estão Sebastião Lauze Queiroz de Amorim, conhecido como “Dono da Quebrada” e apontado como líder da quadrilha, e o influenciador Dainey Aparecido da Costa, conhecido como Deniz Bet ou “Playboy”.
A decisão é assinada pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta quinta-feira (2).
De acordo com a investigação, o grupo integrava uma organização criminosa ligada a uma facção, com atuação em bairros como Osmar Cabral e Jardim Liberdade, em Cuiabá. O esquema envolvia jogos de azar, estelionatos, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Sebastião de Amorim foi denunciado por integrar organização criminosa, contravenção penal por jogos de azar e associação para o tráfico de drogas.
Já Ozia Rodrigues, o “Shelby”, responde por organização criminosa e contravenção penal de jogo de azar. Pelos mesmos crimes foram denunciados Dainey da Costa, o “Playboy”, Renan Curvo da Costa e Paulo Augusto e Silva Dias.
Por lavagem de dinheiro, foram acusados Eduardo Henrique Nascimento dos Santos, Jheine Rodrigues Pinheiro (cunhada do Dono da Quebrada), Ronaldo Queiroz de Amorim Júnior, Ronaldo Queiroz de Amorim, Elizângela Ferreira da Silva Visdomino, Lorrainy Waleska Amorim dos Santos, Pâmela Cristina Tamarossi Bastos, Rafael Aparecido Queiroz de Amorim Veiga e William Ângelo de Freitas.
O réu Weberton Pedro da Silva também foi denunciado por integrar organização criminosa e associação para o tráfico de drogas.
Na decisão, o juiz ainda determinou que o Ministério Público Estadual (MPE) se manifeste sobre o possível arquivamento do inquérito em relação a outros investigados: Edson Salva, Oziane Alves Rodrigues, Lincoln Tadeu Sardinha Costa, José Antônio de Almeida, Joanilson de Lima Oliveira e Luiz Rogério de Jesus.
As investigações começaram em dezembro de 2023, depois que o grupo criminoso impediu a realização de uma reunião comunitária no Jardim Liberdade, em Cuiabá, em uma tentativa de demonstração de poder. Segundo a Polícia Civil, a motivação teria sido política, já que a irmã de um dos investigados era pré-candidata a vereadora.
A partir desse episódio, a GCCO e a Draco instauraram inquérito e identificaram a estrutura da facção, que monopolizava práticas criminosas em parte da cidade.
Segundo a polícia, o Dono da Quebrada controlava o tráfico de drogas, os jogos ilegais e os golpes de estelionato, usando como fachada ações sociais e a posição de presidente de um time amador.
As investigações apontam ainda que ele recebia 10% dos lucros de uma plataforma de apostas ilegais, além de valores obtidos com o tráfico de drogas e fraudes em sites de compra e venda pela internet.