Justiça nega prisão de empresários milionários da mineração em MT, mas autoriza busca e arbitra fiança; veja nomes

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A juíza Raquel Coelho Da Rio Silveira, da 1ª Vara Federal de Campinas, negou o pedido de prisão temporária do filho do governador Mauro Mendes (União Brasil), Luis Antonio Taveira Mendes e de outros 12 pessoas investigadas pela Polícia Federal na Operação Hermes 2.

Dentre os investigados estão os empresários Valdinei Mauro de Souza (Nei Garimpeiro) e Filadelfo dos Reis Dias, que são milionários da mineração no Estado. Este último foi alvo de 10 investigações da Polícia Federal.

Ao invés da prisão, a magistrada estabeleceu medidas cautelares como a proibição de deixar o país, logo tiveram os passaportes recolhidos e o pagamento de fiança de 200 salários mínimos (R$ 264 mil). Além disso, se tiveram que mudar de endereço a justiça terá que ser comunicada.

A investigação que está sob comando do delegado Dalton Marinho Vieira Junior diz que a compra ilegal de mercúrio causou mais de R$ 5 bilhões de prejuízo ao erário federal.

Além do filho do governador e dos dois empresários acima citados são alvos da operação: Thiago Mendonça de Campos, Jeferson Dias Castedo, Willian Leite Rondon, Ronny Morais Costa, Marcio Macedo Sobrinho, Marcelo Massaru, Euler Oliveira Coelho, Antônio Jorge Silva, José Ribamar Silva Oliveira, Darcy Winter, José Carlos Morelli, Edilson Rodrigues Campos e Rodrigo Castrillon Lara Veiga.

Apesar dos pedidos de prisão negados, a justiça autorizou os mandados de busca e apreensão, inclusive na Mineração Aricá Ltda, onde Luis Antônio aparece como sócio.

O filho do governador é apontado nas investigações como comprador de mercúrio ilegal. Conforme a decisão judicial, ele aparece como administrador da Mineração Aricá Ltda, juntamente com Maria Auxiliadora de Assis Franco Gibrel e Euler Oliveira Coelho.

Segundo as investigações, eles compraram mercúrio contrabandeado do Grupo Veggi, mesmo sem declarar que possuíam o metal.

“No que pertine a Mineração Aricá Ltda, que possui como administradores Maria Auxiliadora de Assis Franco Gibrel, Euler Oliveira Coelho e Luis Antônio Taveira Mendes, relata a representação que tal empresa não possui mercúrio no CTF, vale dizer, nunca declarou compra de mercúrio, mas produziu 943.574,09 gramas de ouro, tendo Arnoldo demonstrado vender mercúrio ilegal para ela, com o registro das primeiras vendas em junho de 2022”.