Conteúdo/ODOC - A Justiça de Mato Grosso decidiu manter preso José Edson Galdino Santos, acusado de cometer um feminicídio que causou comoção nacional em março de 2024. A decisão foi proferida pela juíza Janaína Cristina de Almeida, da Vara Criminal de Diamantino (208 km de Cuiabá), que entendeu que o acusado representa risco à sociedade.
José é apontado como autor do assassinato de Lorrane Cristina Silva de Lima, morta com ao menos 12 facadas dentro de casa. Segundo as investigações, ele também teria estuprado a vítima antes de fugir, deixando os dois filhos dela trancados no imóvel com o corpo da mãe por aproximadamente 48 horas.
Na decisão, a magistrada ressaltou a gravidade do crime e os impactos causados à coletividade. “Esse tipo de delito gera desconforto e aterroriza a sociedade pelas suas consequências”, destacou a juíza. O laudo pericial apontou a presença de um líquido viscoso no corpo da vítima, o que reforça a suspeita de violência sexual.
O crime foi descoberto no dia 13 de março, depois que a diretora da escola das crianças estranhou a ausência dos alunos e foi até a residência da família. Ao chegarem no local, os policiais militares precisaram pular o muro e foram recebidos por um forte odor. No quarto, encontraram o corpo de Lorrane e as crianças em situação de choque.
Dias depois, em 19 de março, José Edson foi capturado na rodoviária de Rurópolis, no estado do Pará, enquanto tentava fugir. À polícia, ele confessou o crime e revelou ter matado Lorrane com o objetivo de utilizar sua digital para desbloquear o celular dela.
O acusado já possui antecedentes por perseguição contra uma ex-companheira, registrada em abril de 2022, em Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá). Agora, ele permanecerá preso enquanto responde pelos crimes de feminicídio, estupro e abandono de incapaz.
