Conteúdo/ODOC - O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra decidiu manter a prisão de Joanil José da Silva, acusado de jogar a ex-companheira para fora de um carro em movimento no último domingo (12), em Cuiabá. A mulher sofreu múltiplas lesões e permanece internada no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
Na decisão, o magistrado considerou que a prisão preventiva é necessária diante do histórico de violência do suspeito contra a vítima. Segundo o juiz, a liberdade dele colocaria em risco o andamento das investigações, já que apresentou versões contraditórias sobre o ocorrido e teria demonstrado interesse em contatar familiares da mulher.
“Estão presentes motivos concretos extraídos dos fatos até então apresentados para a segregação cautelar”, afirmou o juiz ao converter a prisão em flagrante de Joanil em preventiva, com base nos artigos 311, 312 e 313 do Código de Processo Penal.
Histórico de agressões e contradições
Durante o depoimento, Joanil alegou que manteve um relacionamento breve com a vítima, encerrado após brigas constantes. Disse ainda que voltou a se relacionar com a ex-esposa, mãe de seu filho, e que não buscou retomar contato com a ex-companheira, afirmando que era ela quem o procurava com frequência na oficina onde trabalha.
O homem também afirmou que a tornozeleira eletrônica comprovaria que ele permaneceu no local de trabalho durante todo o dia do crime. No entanto, o veículo utilizado na tentativa de homicídio foi encontrado justamente na oficina dele. Joanil afirmou que o carro pertenceria a um cliente.
De acordo com familiares da vítima, o suspeito vinha perseguindo a mulher, aparecendo em sua casa e no trabalho para tentar reatar o relacionamento. Eles relataram ainda que meses antes o homem havia sido preso por agredi-la com um cabo de vassoura, sendo liberado posteriormente com o uso de tornozeleira eletrônica e proibido de se aproximar dela, que possuía medida protetiva em vigor.
