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Justiça manda “Sandro Louco” para solitária após encontro de bilhete determinando rebelião

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Justiça manda “Sandro Louco” para solitária após encontro de bilhete determinando rebelião

Conteúdo/ODOC - O criminoso Sandro Silva Rabelo, conhecido como “Sandro Louco”, foi transferido para o Raio 8 da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, após a Polícia Civil descobrir que ele planejava uma rebelião dentro da unidade prisional, em resposta às ações da Operação Tolerância Zero. O Raio 8 da PCE funciona como uma espécie de “solitária”.

A informação consta em um ofício encaminhado pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da Vara de Execuções Penais, ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Toffoli requisitou as informações a pedido da  defesa de “Sandro Louco”, que entrou com um habeas corpus solicitando acesso à decisão que autorizou a transferência.

Considerado um dos fundadores do Comando Vermelho em Mato Grosso, "Sandro Louco" possui condenações que ultrapassam 200 anos de reclusão pelos crimes de falsificação, roubo, homicídio, latrocínio, sequestro, cárcere privado e posse ou porte de arma de fogo.

Conforme Fidelis, a transferência foi autorizada por um colegiado de juízes no dia 3 de fevereiro, após a inteligência da Polícia Civil identificar um “bilhete” em que o criminoso ordenava a rebelião.

A autoridade policial também informou que foram encontrados sete celulares em sua cela e que ele recebeu mais de 140 ligações da esposa em apenas 19 dias.

Além disso, conforme o relatório, ele controlava o “Mercadinho da PCE”, gerando um lucro mensal de aproximadamente R$ 75 mil.

 A Polícia Civil revelou que o preso utilizava familiares, amigos e advogados para delegar tarefas criminosas e manter sua autoridade. Há, ainda, registros de que ele contratou um hacker para inserir dados falsos no sistema do Judiciário, incluindo um alvará de soltura fraudulento.

"Assim, a permanência do reeducando nas alas de convívio coloca em risco a ordem pública, já que, mesmo recolhido, o penitente não hesitou em obter materiais ilícitos e determinar a realização de crimes e atos de indisciplina, o que evidencia sua periculosidade”, decidiu o colegiado.