Conteúdo/ODOC - A juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), acatou um pedido da defesa do vereador Franscisco Carlos Amorim Silveira, o Chico 2000 (PL), e determinou que a Câmara Municipal de Cuiabá continue pagando seus salários e de Sargento Joelson (PSB), após eles terem sido afastados por decisão judicial.
O pedido da defesa surgiu após Chico ingressar com um pedido administrativo para receber o salário, que foi negado pela Procuradoria da Câmara e pela presidente da Casa, Paula Calil (PL).
Após as duas negativas, ele entrou com o pedido na Justiça e foi acatado pela magistrada. Com isso, a Câmara agora terá que pagar salário para 29 parlamentares, contando com os dois suplentes.
Os dois parlamentares foram afastados no último dia 29 de abril, por suspeita de corrupção, no âmbito da Operação Perfídia, da Polícia Civil.
As investigações tiveram início a partir de denúncia recebida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR) em 2024, noticiando que vereadores teriam solicitado, a um funcionário da empresa responsável pela execução das obras do Contorno Leste, propina para a aprovação de matéria legislativa que possibilitou o recebimento de pagamentos devidos pelo município à referida empresa no ano de 2023.

Chico e Sargento Joelson teriam recebido R$ 250 mil para aprovar uma lei que permitiria à Prefeitura de Cuiabá renegociar dívidas e, com isso, "limpar seu nome" junto à União e receber recursos federais. Com novos recursos, a Prefeitura poderia pagar pelos serviços prestados pela empresa HB20.
Após a lei ser aprovada pela Câmara e sancionada pela Prefeitura de Cuiabá, a empresa recebeu R$ 4,85 milhões, maior valor recebido desde o início do contrato.
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