Conteúdo/ODOC - O juiz Lener Leopoldo da Silva Coelho determinou a prisão preventiva de Jeferson Junior Luz dos Santos, acusado de assassinar o engenheiro de obras Ronivaldo Macedo da Silva, de 50 anos, com dez golpes de faca.
O crime ocorreu na última quinta-feira (19), em Lucas do Rio Verde (334 km de Cuiabá), e teria sido motivado por um relacionamento extraconjugal que o suspeito mantinha com a esposa da vítima.
A decisão judicial foi proferida após audiência de custódia realizada na sexta-feira (20), na qual Jeferson teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. Ele está detido na Cadeia Pública de Sorriso. Para o magistrado, a medida é necessária para garantir a ordem pública, especialmente diante da gravidade do homicídio e do histórico criminal do acusado, que possui mais de 10 registros policiais e um mandado de prisão em aberto por roubo.
“No caso em análise, restou evidenciada a periculosidade do autuado, revelada pelo modo de agir e seus antecedentes. Há necessidade da segregação cautelar como forma de preservar a tranquilidade social”, fundamentou o juiz.
Durante o interrogatório, Jeferson revelou detalhes do assassinato. Segundo ele, no dia anterior ao crime, esteve com a esposa de Ronivaldo e teria enviado dinheiro a ela por meio de transferências bancárias. Na manhã do dia 19, foi até a residência do casal e surpreendeu os dois. Ao bater na porta do banheiro, foi atendido pela mulher, que tentou evitar o pior. Ainda assim, ele invadiu o quarto e atacou o engenheiro com uma faca que havia amolado no asfalto poucas horas antes.
“Quando vi ele ali com ela, perdi o controle. Eu falo com ela todos os dias, mando dinheiro, e ela me engana. Só não matei ela porque tem filhos pequenos”, afirmou em depoimento.
Ronivaldo foi atingido no peito e no pescoço e morreu antes de receber socorro. Após o crime, Jeferson fugiu, mas continuou enviando mensagens para a mulher da vítima. Foi ela quem repassou sua localização à Polícia Militar, o que permitiu a captura do acusado.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que apura se houve premeditação. A residência passou por perícia e a faca utilizada no crime foi apreendida. A suspeita é de que Jeferson tenha planejado o ataque com antecedência, o que pode agravar sua situação judicial.
