Conteúdo/ODOC - Larissa Karolina Silva Moreira, de 28 anos, investigada por maus-tratos a animais, deixou a prisão por decisão da juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Justiça do Juiz das Garantias, em Cuiabá. Ela havia sido presa no dia 13 de junho no bairro Porto, suspeita de adotar gatos com o objetivo de matá-los.
A magistrada concedeu a liberdade mediante o cumprimento de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica. Larissa deverá ainda manter o endereço atualizado junto à Justiça, comparecer quinzenalmente em juízo para justificar suas atividades e está proibida de se ausentar da cidade por mais de sete dias sem autorização judicial. Também precisará permanecer em casa durante a noite, fins de semana e feriados, e não poderá se envolver em qualquer nova infração penal.
A decisão da juíza alerta que, caso alguma das condições seja descumprida, o benefício poderá ser revogado e a prisão preventiva, decretada novamente.
O caso começou a ser apurado no início de junho, após denúncias feitas por uma presidente de ONG de proteção animal. Segundo ela, Larissa e seu companheiro adotaram um gato e, após o animal desaparecer, interromperam qualquer tipo de contato com os responsáveis pela adoção.
A mesma ONG relatou ter recebido relatos semelhantes de outros protetores: o casal costumava adotar gatos e, em seguida, deixava de fornecer informações sobre o paradeiro e estado de saúde dos animais. Em um dos casos, a denunciante afirmou que foi verbalmente ameaçada por Larissa.
No dia da prisão, a Polícia Civil encontrou o corpo de um gato em um terreno baldio próximo à residência da investigada. No imóvel, havia apenas um filhote de cachorro, que foi resgatado. Também foram apreendidos um lençol com marcas de sangue e embalagens de ração para gatos, mas nenhum felino vivo foi localizado.
O namorado de Larissa, também citado na denúncia, não foi encontrado. Ambos foram indiciados pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), que segue à frente das investigações.