Conteúdo/ODOC - A Justiça de Mato Grosso marcou para o dia 25 de setembro, às 9h, o júri popular do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, em 2023, em Cuiabá.
A data foi definida após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar um pedido da Defensoria Pública que tentava impedir o julgamento. A defesa de Almir alegava que ele sofre de doença mental e, por isso, deveria ser considerado inimputável.
O pedido já havia sido rejeitado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), e a decisão foi mantida pelo ministro Otávio de Almeida Toledo, do STJ. Segundo ele, a defesa apresentou argumentos genéricos e não contestou de forma específica os fundamentos da decisão anterior. Por isso, o recurso não foi conhecido.
Almir Monteiro será julgado pelos crimes de feminicídio, estupro, fraude processual e ocultação de cadáver.
Relembre o crime
Cristiane foi morta na madrugada de 13 de agosto de 2023, após se recusar a manter relações sexuais com o ex-PM. Segundo as investigações da Polícia Civil, eles haviam se conhecido na noite anterior, em um bar da Capital.
Almir a levou para sua casa e, após a negativa, a espancou e depois a asfixiou até a morte. Conforme a apuração, ele manteve o corpo da advogada no local por cerca de seis horas.
Por volta das 8h30, colocou o corpo dentro do carro da vítima e dirigiu até o Parque das Águas, onde abandonou o veículo. Em seguida, chamou um carro por aplicativo para voltar para casa e, pouco depois, convidou sua namorada para o local — tentativa, segundo a Polícia, de construir um álibi.
O corpo de Cristiane foi encontrado pelo irmão, que, sem saber da situação, entrou no carro e a levou ao Complexo Hospitalar de Cuiabá (CHC), onde a morte foi confirmada. A vítima estava deitada no banco do passageiro, com óculos escuros colocados por Almir.