Conteúdo/ODOC - Deputado estadual Júlio Campos (União), fez um apelo na tribuna da Assembleia Legislativa, durante sessão ordinária, para que o governo tenha – segundo ele – “complacência” e libere o pagamento das emendas parlamentares impositivas. Júlio Campos disse que no ranking de liberação, está classificado entre “os quintos do inferno”.
Depois de apresentar demandas durante o pequeno expediente, Júlio Campos foi direto: “aproveito a oportunidade para fazer um apelo ao senhor governador do Estado, ao seu chefe da Casa Civil e ao senhor secretário de Fazenda, para que tenha complacência em relação ao pagamento das emendas parlamentares”, disse.
“Nós estamos em meados de agosto, faltam apenas quatro meses para terminar o ano e até agora, do valor das emendas pagas, apenas R$ 154 milhões dos R$ 600 milhões previstos foram liberados”, emendou.
“Só para citar um exemplo, este humilde deputado várzea-grandense, que foi governador, senador, deputado federal várias vezes, conselheiro do Tribunal de Contas e hoje deputado estadual, teve até agora, em pleno mês de agosto, liberado apenas R$ 6, 2 milhões, faltando para receber das emendas que foram concedidas, R$ 19,5 milhões”, informou.
“Eu estou classificado depois lá entre os quintos do inferno, como diz o termo no que se refere a liberação de recursos. É um apelo que eu faço para que libere. Nem da minha cidade de Várzea Grande que eu coloquei R$ 1,5 milhão até hoje liberado, nem de Cuiabá, onde fui um dos mais votados”, afirmou.
“Senhor governador, tenha dó...Mato Grosso tem em caixa R$ 12 bilhões parado, aplicado a juro, A Secretaria de Fazenda arrecada R$ 4 bilhões de reais por mês, já chegou a quase R$ 44 bilhões de dinheiro em caixa agora e nós aqui mendigando, por favor, libere as emendas”.
Sem citar nomes, Júlio Campos disse que alguns deputados já foram melhor beneficiados com a liberação de emendas. “Nós temos parlamentares que já receberam R$ 17 milhões, R$ 19 milhões...enquanto isso, o Fábio Tardin, por exemplo, está em vigésimo colocado, dos 24 deputados, o senhor está na rabeira... recebeu menos do que eu, pouco mais de R$ 3 milhões”.