Conteúdo/ODOC - Vitória Camily Carvalho Silva, de 22 anos, assassinada a tiros pelo ex-namorado Helder Lopes de Araújo, de 23, havia tirado passaporte recentemente e planejava sair do Brasil para escapar das ameaças do acusado.
O crime ocorreu na noite de sábado (15), durante uma confraternização no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
De acordo com familiares, a jovem temia por sua vida devido às constantes ameaças de Helder, que não aceitava o fim do relacionamento de um ano e oito meses. “O plano dela era ir embora, era a única forma que ela via de se livrar dele", disse a irmã da vítima, Bruna Gabriely Carvalho Silva, de 21 anos, ao Jornal A Gazeta.
Na noite do crime, Helder invadiu uma residência onde Vitória estava e disparou quatro vezes contra a jovem, atingindo-a no tórax e na cabeça. Uma amiga da vítima, de 20 anos, também foi alvo dos disparos, mas não foi atingida.
Após o crime, o suspeito fugiu do local e foi capturado na madrugada de domingo (16) em Rondonópolis ( a 218 km de Cuiabá), enquanto tentava escapar para o Mato Grosso do Sul com a ajuda do irmão.
Ao chegar na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá, Helder afirmou à imprensa ter matado Vitória por acreditar que ela teria provocado um aborto.
No entanto, o delegado Nilson Farias, responsável pelo caso, desmentiu a alegação, explicando que a vítima sofreu um aborto espontâneo e que o casal permaneceu junto após o ocorrido.
Para a investigação, a motivação do feminicídio foi a inconformidade do acusado com o fim do relacionamento. Vitória Camily deixa dois filhos, de 6 e 8 anos.
O caso segue sob investigação DHPP.