Conteúdo/ODOC - A presidente estadual do MDB, deputada Janaina Riva, afirmou que enxerga espaço para uma composição com o PL nas eleições de 2026 em Mato Grosso, especialmente nas disputas para o Governo do Estado e o Senado.
O partido da parlamentar já anunciou sua pré-candidatura ao Senado, enquanto o PL trabalha com o nome do deputado José Medeiros para a mesma vaga e do senador Wellington Fagundes — sogro de Janaina — para o governo.
Em entrevista à TV Vila Real, a deputada destacou que não impõe barreiras para negociações. “Tudo pode acontecer, pode ser dessa forma ou em uma chapa diferente. Não trabalho de portas fechadas para ninguém. Cada político tem seu valor e o seu público”, disse.
Segundo Janaina, eventuais alianças não precisam ser baseadas em concordância total de projetos. “Você pode não ter alinhamento de 100% com o trabalho de outra pessoa, mas é importante reconhecer que todos os pré-candidatos em discussão hoje exercem mandatos e estão preparados”, observou.
Apesar de abrir diálogo com o PL, a parlamentar afastou qualquer chance de aproximação com a federação União Progressista, liderada pelo governador Mauro Mendes. Ex-aliada da gestão estadual por cinco anos, Janaina se consolidou na oposição desde o início de 2024.
Pesquisas recentes colocam a deputada entre os nomes mais fortes para o Senado e até mesmo para o governo. Ainda assim, ela reforça que seu projeto principal mira o Congresso. “Estou trabalhando uma pré-candidatura ao Senado dentro do MDB. É lá que posso contribuir mais, principalmente com pautas de proteção à mulher e à criança. O projeto está mais maduro para o Senado”, afirmou.
Ao ser questionada sobre os adversários em potencial, preferiu adotar um tom conciliador. “Não posso escolher adversário e não vou trabalhar criticando ou perseguindo ninguém. Vou focar no meu trabalho e me fortalecer até a eleição”, concluiu.
Além de Janaina e Medeiros, a disputa por uma cadeira no Senado em 2026 pode incluir nomes de peso, como o governador Mauro Mendes, o ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD), o ex-presidente da Aprosoja Brasil Antônio Galvan (DC) e o ex-governador Pedro Taques (sem partido).