Conteúdo/ODOC - O empresário Byron de Souza Prado, integrante do grupo “Legendários”, foi um dos 25 alvos da Operação Doce Amargo - Acorde Final, deflagrada nesta quinta-feira (30) pela Polícia Civil de Mato Grosso. A ação mira uma facção criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas.
Durante a operação, a polícia encontrou porções de Skunk, conhecida como supermaconha, no carro de Byron, uma Mercedes-Benz C-180 adesivada com o símbolo do grupo cristão.
A operação representa a fase final de uma série de investigações iniciadas em 2023, que desvendou uma rede de narcotraficantes com atuação na baixada cuiabana e ramificações em outros estados. Entre os alvos está também Jimi Hendrix Alves da Silva, apontado como fornecedor de droga tipo “colômbia”, derivada da maconha, com diferentes formatos e concentrações de THC.
Além dos 25 mandados de prisão preventiva, a Justiça determinou 20 mandados de busca e apreensão, o bloqueio de contas bancárias dos investigados e o sequestro de veículos utilizados nas atividades ilícitas.
As ordens judiciais são cumpridas em quatro estados: Mato Grosso (Cuiabá e Várzea Grande), Amazonas (Tefé), Rio de Janeiro (RJ) e Rio Grande do Norte (Natal). Os investigados respondem pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Veja todos os alvos da operação
• Jimi Hendrix Alves da Silva
• Kemilly Karisia Soares Magalhaes
• Marlize de Lima Rodrigues
• Felipe Augusto dos Santos Gomez
• Matheus Nacor Carvalhedo de Arruda
• Wender Brayon Nanyny de Souza
• Everton de Oliveira Silva
• Altivan Calvario de Barros
• Adriano de Oliveira Leme Braz
• Douglas da Silva Moreira
• Jeferson Pereira da Silva
• Pedro Eloy Ribeiro Astorga
• Davi Benedito dos Santos Filho
• Gabryel Lucas Rodrigues de Oliveira
• Romulo Vinicius Martins
• Wellington Rafael Santos da Silva
• Arthur Canedo Gonçalves
• Byron de Souza Prado
• Gilmar Augusto Queiroz de Amorim
• Pablo da Costa Cortez
• Benedito Lucas da Silva Monteiro
• Lucas Vedana Scheis
• Thaina Louise de Paula Lopes
• Helio de Oliveira Junior
• Ronald Velasco de Souza
Estrutura da quadrilha
Segundo a Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), a quadrilha operava de forma estruturada, com divisão clara de funções: fornecedores, intermediários, distribuidores e responsáveis pela logística de transporte e armazenamento.
O grupo mantinha “casas-cofre” para armazenar drogas, estabelecia rotas interestaduais e movimentava grandes quantidades de maconha, cocaína e haxixe de forma coordenada. Fornecedores eram mantidos em outros estados, especialmente no Rio de Janeiro e Amazonas, e havia discussões sobre transporte via Correios e transportadoras.
Além disso, a quadrilha estruturou um sistema paralelo de movimentação financeira, utilizando transações via Pix para pagamentos e ocultação de valores ilícitos.