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Hospitais citam redução de valores pagos pela Unimed por serviços e preveem rombo superior a R$ 400 milhões

Publicado

Conteúdo/ODOC – O Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat) emitiu nota a respeito da “Operação Bilanz”,deflagrada pela Polícia Federal na última quarta-feira (30) contra ex-gestores da Unimed Cuiabá. Investigações apontam para uma fraude contábil de R$ 400 milhões na operadora de planos de saúde.

Na nota, o Sindessmat afirma que o rombo pode ser ainda maior. “O rombo provocado por essa gestão e noticiado no valor de R$ 400 milhões poderá ser ainda maior se considerarmos os valores que a rede prestadora de serviços deixou de receber em razão dessas condutas arbitrárias, tomadas sempre sob a forte ameaça de descredenciamento dos prestadores que se tornaram reféns diante da Unimed Cuiabá por ser a sua maior fonte pagadora dado o domínio de mercado que ela exerce na saúde privada da capital”.

A diretoria do Sindessmat lembra ainda que vem denunciando a Unimed Cuiabá desde 2020 e que desde 2019, os valores pagos aos prestadores de serviço vinham sendo reduzidos de forma unilateral.

“A diretoria do Sindessmat, em março de 2020, levou até a sede da Agência Nacional de Saúde – ANS uma denúncia com robustez de provas dos atos abusivos que estavam sendo cometidos pela Unimed Cuiabá, ressaltando em reunião realizada com a diretoria da ANS que os atos praticados geravam não só prejuízos aos seus associados quantos aos próprios usuários do plano, já que desde 2019 a Unimed vinha de forma arbitrária promovendo a redução unilateral dos valores pagos aos prestadores além de instituir o que ela mesmo chamou de teto orçamentário, em que passou a pagar apenas 50% do valor dos serviços prestados que ultrapassasse o teto por ela definido”.

O Sindicato reclama também que o rombo ocorreu às custas do não pagamento aos prestadores.

Veja a nota na íntegra

O Sindessmat na qualidade de representante das empresas que prestam serviços aos usuários da Unimed Cuiabá, relembra que os prestadores foram duramente penalizados pelos atos cometidos pela gestão anterior da cooperativa, e que culminou na operação deflagrada essa semana. Tais condutas já vinham sendo alertadas e já eram objeto de denúncias por este sindicato desde 2020.  

Em um breve retrospecto a diretoria do Sindessmat, em março de 2020, levou até a sede da Agência Nacional de Saúde – ANS uma denúncia com robustez de provas dos atos abusivos que estavam sendo cometidos pela Unimed Cuiabá, ressaltando em reunião realizada com a diretoria da ANS que os atos praticados geravam não só prejuízos aos seus associados quantos aos próprios usuários do plano, já que desde 2019 a Unimed vinha de forma arbitrária promovendo a redução unilateral dos valores pagos aos prestadores além de instituir o que ela mesmo chamou de teto orçamentário, em que passou a pagar apenas 50% do valor dos serviços prestados que ultrapassasse o teto por ela definido.  

Ocorre que este teto se baseou em faturamentos de antes da pandemia e com a decretação da urgência sanitária e aumento expressivo dos atendimentos em saúde às empresas, para garantir o atendimento dos usuários da Unimed, ultrapassaram o teto e ficaram sem receber pelos serviços efetivamente prestados. 

O rombo provocado por essa gestão e noticiado no valor de R$ 400 milhões poderá ser ainda maior se considerarmos os valores que a rede prestadora de serviços deixou de receber em razão dessas condutas arbitrárias, tomadas sempre sob a forte ameaça de descredenciamento dos prestadores que se tornaram reféns diante da Unimed Cuiabá por ser a sua maior fonte pagadora dado o domínio de mercado que ela exerce na saúde privada da capital.  

Para promover o desvio denunciado era preciso fazer caixa e esse caixa foi feito em grande parte às custas do não pagamento aos prestadores. 

Foram inúmeras as denúncias na ANS, ao Conselho Fiscal da Unimed Cuiabá, além de denúncia protocolada no Ministério Público, propositura de uma ação judicial, além de comunicados de alerta aos cooperados e denúncias à imprensa. 

Felizmente, após 4 anos, podemos esperançar que as investigações da polícia Federal irão apurar os atos cometidos e seus responsáveis para que os recursos desviados possam ser devolvidos a cooperativa e repassados aos prestadores que ainda possuem valores a receber mas que apesar de tudo, seguem cooperando com a Unimed para que ela possa se reerguer e com saúde financeira remunerar de forma justa e adequada aqueles que, mesmo com todas as dificuldades, sempre colocaram a saúde do paciente em primeiro lugar. 

 

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