Conteúdo Odoc
O governador Mauro Mendes (União Brasil) comentou a sugestão de empregar detentos nas obras do Bus Rapid Transit (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande para suprir a falta de mão de obra. Em entrevista concedida na última quinta-feira (2), ele afirmou que a maioria dos presos não demonstra interesse em trabalhar e que a legislação impede qualquer forma de coerção.
“Os faccionados não querem trabalhar. A lei não obriga ninguém a trabalhar. Então, não posso eu, governador, pegar o cara lá e dar uma chibatada nele. Se pudesse, talvez seria bom, mas não podemos fazer isso”, declarou.
A proposta surgiu após o próprio governador reconhecer, em declarações anteriores, que a escassez de trabalhadores tem sido um dos principais entraves no andamento do BRT, provocando atrasos no cronograma. Diante disso, o Estado busca alternativas para evitar novos compromissos de prazo.
Mauro informou ainda que cerca de 250 presos da Penitenciária Central do Estado (PCE) estão empregados em atividades laborais, o que representa entre 10% e 15% da população carcerária. “Ele trabalha se quiser, não é obrigado a trabalhar”, reforçou.