DERRUBADA DE VETO

Governador critica deputados que apoiam mercadinhos em presídios e cobra nomes

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Governador critica deputados que apoiam mercadinhos em  presídios e cobra nomes
Mauro Mendes cobrou que parlamentares que votaram pela derrubada do veto se apresentassem [Foto - Mayke Toscano]

Conteúdo/ODOC - O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), criticou a decisão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, que derrubou o seu veto que proibia mercados em unidades prisionais. Agora autorizados, Mendes afirmou que deveria se descobrir os nomes dos 13 vereadores que votaram a favor da pauta.

“Faz parte. Tem 13 caboclos lá que defendem mercadinho para bandido. O número é uma coincidência, 13 deputados. Brincadeiras à parte, a  Assembleia, nos grandes e importantes momentos, esteve junto ao Governo, até porque o Governo nunca encaminhou nada que não fosse bom para Mato Grosso”, disse.

O governador Mauro Mendes havia vetado anteriormente a proposta, alegando que tais estabelecimentos poderiam fortalecer facções criminosas dentro das unidades prisionais. Ele enfatizou que o Estado já fornece as necessidades básicas aos detentos e que a presença de mercadinhos seria desnecessária e potencialmente prejudicial à segurança.

Em resposta à posição da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), por meio de nota, o Governo se comprometeu a recorrer à Justiça, em busca de impor o fim do benefício aos reeducandos: "O Governo irá judicializar a decisão por não concordar com as regalias nos presídios, pois os mercadinhos ofereciam produtos supérfluos como Nutella, chocolates, bombons, sorvetes, açaí, entre tantos outros".

A legislação federal permite a instalação de unidades comerciais em estabelecimentos prisionais apenas em situações nas quais o Estado não consegue suprir integralmente as necessidades básicas da população carcerária. O Governo de Mato Grosso alega que atende aos requisitos legais, garantindo o fornecimento dos itens essenciais aos detentos, e sustenta que, diante disso, haveria respaldo jurídico para descontinuar o funcionamento dos mercadinhos e suspender o fornecimento de itens considerados não essenciais.