OPERAÇÃO NO RIO

Garcia defende uso das Forças Armadas e diz que Brasil precisa “entrar na guerra” contra o crime

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Garcia defende uso das Forças Armadas e diz que Brasil precisa “entrar na guerra” contra o crime
Secretário da Casa Civil cita que 26% da população brasileira vive sob influência direta do crime organizado [Foto - Christiano Antonucci]

Conteúdo/ODOC - O secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia (União), afirmou que o Brasil precisa adotar medidas mais firmes no combate às facções criminosas e defendeu a participação das Forças Armadas no enfrentamento ao crime organizado.

A declaração foi dada ao comentar a operação policial no Rio de Janeiro que terminou com mais de 120 mortos e reacendeu o debate sobre a violência nas ações de segurança pública. Segundo ele, o país não pode mais tratar o tema de forma superficial.

“Eu não sou especialista em segurança pública, mas tenho uma convicção: o Brasil precisa fazer um enfrentamento sério ao crime organizado, porque o crime organizado não para de avançar no nosso país”, disse Garcia nesta quinta-feira (30).

O secretário ressaltou que a gravidade da situação exige resposta conjunta e imediata. “As forças policiais, as forças de segurança e — eu defendo — as Forças Armadas precisam entrar na guerra contra o crime organizado”, afirmou.

Garcia também citou dados que, segundo ele, mostram a dimensão do problema. “Hoje, 26% da população brasileira vive sob influência direta do crime organizado, e 80% dos mais de 40 mil crimes violentos registrados por ano no país têm ligação com essas organizações”, apontou.

Para o secretário, o país vive uma guerra silenciosa que já faz centenas de vítimas todos os dias. “Se você fizer uma média diária do que o crime organizado mata no Brasil, dá mais de 100 pessoas por dia. No Rio de Janeiro, também foram mais de 100 mortes, mas há mais de 100 pessoas sendo mortas todos os dias, e muitas dessas vítimas são inocentes.”

Garcia afirmou ainda que, embora todas as vidas sejam importantes, o Estado deve priorizar a proteção de quem vive dentro da lei. “Toda vida importa. Agora, a vida do cidadão de bem importa muito mais, porque ele não está cometendo crime”, completou.

Segundo o secretário, não há pauta mais urgente no país: “O Brasil, para mim, não tem guerra mais importante hoje para fazer do que combater o crime organizado”.