Conteúdo/ODOC - A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), e o vice-prefeito Tião da Zaelli voltaram a responsabilizar a antiga administração do ex-prefeito Kalil Baracat (MDB) por problemas estruturais em obras recentes da cidade. Desta vez, o alvo foi a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Pari, onde uma adutora se rompeu nesta semana, comprometendo o abastecimento em cerca de 30 bairros.
Durante uma vistoria no local, os atuais gestores expressaram desconfiança sobre a qualidade da estrutura entregue na gestão anterior. A ETA do Pari foi inaugurada em fevereiro de 2024, menos de um ano antes do problema. Para Flávia e Tião, o episódio revela falhas graves no planejamento e na execução da obra.
“Estamos lidando com as consequências de algo que foi mal feito. Essa estação é nova e já apresenta defeitos estruturais. Agora, temos que recomeçar do zero, refazer o que entregaram como pronto”, criticou Tião da Zaelli, acrescentando que as dívidas e problemas deixados ainda impactam a atual gestão.
Flávia Moretti reforçou o discurso e apontou que o município está à mercê da empresa responsável pela construção da ETA, que ainda está no período de garantia. Segundo ela, o conserto depende de uma peça que não está disponível em Mato Grosso, o que dificulta a resolução imediata do problema.
“Infelizmente, essa é uma herança que recebemos. Não existe peça no Estado, estamos dependendo da empresa para cumprir com sua responsabilidade. Mas já deixo claro: esse tipo de legado não será perpetuado. Vamos virar essa página e corrigir o que for necessário”, afirmou a prefeita.
A expectativa, segundo técnicos da prefeitura, é que a estação volte a operar normalmente até às 11h desta quinta-feira (31), mas alertam que o restabelecimento completo do sistema de distribuição pode levar mais tempo em algumas regiões.
Enquanto isso, milhares de moradores seguem enfrentando a interrupção no fornecimento de água, aguardando que a gestão atual consiga solucionar os problemas herdados do passado recente.
