Conteúdo/ODOC - O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), foi exonerado do cargo a pedido nesta sexta-feira (31) para reassumir sua cadeira no Senado e participar da eleição da Mesa Diretora, marcada para este sábado (1). A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi publicada no Diário Oficial da União.
Com o retorno de Fávaro ao Senado, a suplente Margareth Buzetti (PSD) deixa o mandato e, consequentemente, não poderá votar na escolha do novo presidente da Casa. Além dela, as suplentes Jussara Lima (PSD-PI) e Augusta Brito (PT-CE) também deixam seus postos para dar lugar aos titulares. Todos devem voltar aos cargos na segunda (3).
Nos bastidores, a medida gerou desconforto entre as parlamentares, já que todas declararam publicamente apoio ao candidato do governo e estavam ativamente participando da articulação política no Senado. A decisão do Palácio do Planalto levanta questionamentos sobre a valorização da participação feminina na Casa, já que as suplentes, mesmo alinhadas com o governo, foram substituídas para garantir votos dos titulares na disputa.
Além disso, a saída de Fávaro ocorre em meio a especulações sobre uma possível reforma ministerial, que pode incluir mudanças no comando do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). O deputado federal Arthur Lira (PP-AL), que encerra seu mandato como presidente da Câmara dos Deputados, é cotado para assumir a pasta. No entanto, a previsão é que Fávaro retorne ao ministério já no domingo (2).
Fávaro votará no senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), candidato apoiado pelo Palácio do Planalto. Também estão na disputa os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-RN).
Além do gestor do Mapa, outros três ministros foram exonerados temporariamente para reassumirem suas cadeiras no Senado e participarem da eleição. São eles: Camilo Santana (PT-CE), da Educação; Renan Filho (MDB-AL), dos Transportes; e Waldez Goés (PDT-AM), da Integração e Desenvolvimento Regional.