Conteúdo/ODOC - A família da advogada Viviane de Souza Fidelis, de 30 anos, contesta a versão inicial de suicídio apresentada pela Polícia Civil sobre sua morte, ocorrida em 18 de setembro, em Cuiabá.
O caso ganhou destaque após reportagem exibida pelo Domingo Espetacular, da RecordTV, neste domingo (23).
Viviane foi encontrada morta no Residencial Acácia, no bairro Bosque da Saúde, pelo então namorado, Raphael Augusto de Campos Gomes Rondon, que afirmou que ela teria tirado a própria vida por não aceitar o fim do relacionamento.
A reportagem, porém, exibiu imagens de câmeras de segurança do dia anterior à morte, mostrando Raphael entrando no condomínio em dois momentos. No último registro, por volta das 17h30, ele conversa com Viviane, chega a abraçá-la, e ela se afasta, permanecendo por alguns instantes junto ao portão antes de ser novamente abraçada.
Enquanto Raphael disse à polícia que Viviane não aceitava o término, uma amiga próxima apresentou versão oposta: segundo ela, a advogada havia terminado a relação um dia antes e relatado comportamentos ciumentos do ex.
“Ela me disse que tinha terminado e estava muito brava. Perguntei o motivo e ela respondeu: ‘Nem que eu tenha que entrar com medida protetiva’. Quando perguntei se ele já tinha agredido, ela disse: ‘Não, mas já me empurrou’”, contou a amiga ao programa. O empurrão teria ocorrido cerca de um mês antes da morte.
O delegado Caio Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que Raphael não é considerado suspeito no momento.
“Vamos verificar todos os fatos e analisar se há algum comportamento que o coloque nessa posição. O caso segue em investigação”, disse.
A Polícia Civil já recolheu imagens de segurança e o celular de Viviane, que serão analisados pela equipe responsável pelo caso.
