Conteúdo/ODOC - A Justiça determinou a soltura de cinco pessoas da mesma família presas em flagrante por maus-tratos a dezenas de animais em um canil clandestino no centro de Cuiabá. A decisão é do juiz Gleidson de Oliveira Grisote Barbosa, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), que optou pela aplicação de fiança e medidas cautelares em vez da prisão preventiva.
Os investigados — Thyago Jesus de Figueiredo Herane, Angela Pinho de Figueiredo Herane, Herleno Angelo de Figueiredo Herane, Mirtes Miranda de Figueiredo e Caio Lucas Silva de Oliveira — deverão pagar R$ 1,5 mil, divididos em três parcelas, para permanecerem em liberdade.
O magistrado reconheceu a gravidade do caso, mas considerou que a prisão preventiva seria uma medida excessiva. Para manter os acusados em liberdade, estabeleceu regras como:
• comparecimento mensal em juízo para justificar atividades;
• proibição de deixar a Comarca por mais de sete dias;
• necessidade de comunicar mudança de endereço ao Judiciário;
• proibição de envolvimento em novos delitos.
O resgate dos animais
O caso veio à tona após denúncias de maus-tratos. No imóvel, policiais e servidores encontraram um ambiente de abandono, com sujeira generalizada e falta de higiene. A Secretaria de Bem-Estar Animal resgatou 59 dos 70 cães que viviam no local. Seis estavam em estado grave e precisaram de atendimento emergencial.
Além dos cães, também foram encontrados roedores — como hamsters, gerbils e twisters — e galinhas, todos em condições precárias. A situação era tão crítica que havia relatos de animais sendo obrigados a se alimentar uns dos outros.