Política Nacional
Exame/Ideia: Haddad lidera e Garcia empata com França e Tarcísio

Divulgada nesta quarta-feira (8), a nova pesquisa Exame/Ideia mostra um cenário positivo para o petista Fernando Haddad (PT), que lidera as intenções de voto para o governo do estado de São Paulo.
O ex-prefeito da capital do estado segue na frente com 27% das intenções de voto dos entrevistados. Haddad é seguido pelo ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 17%, o ex-governador de SP Márcio França (PSB), com 14%, e o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que aparece com 11%.
Primeiro turno (Estimulada)
Cenário 1
- Fernando Haddad (PT): 27%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 17%
- Márcio França (PSB): 14%
- Rodrigo Garcia (PSDB): 11%
A pesquisa também elaborou um segundo cenário para as eleições do estado de São Paulo, sem Márcio França. A simulação foi feita por conta dos arranjos estaduais da coligação nacional entre PT e PSB (com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin como vice), que podem fazer com que ele saia da disputa ao Palácio dos Bandeirantes.
Sem França na corrida pelo governo de São Paulo, o petista amplia sua vantagem em relação aos demais candidatos. Haddad tem 31% das intenções de voto, seguido do ex-ministro Tarcísio, com 17%, e do atual governador, Rodrigo Garcia, com 14%.
Cenário 2
- Fernando Haddad (PT): 31%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 17%
- Rodrigo Garcia (PSDB): 14%
- Vinicius Poit (NOVO): 2%
Segundo Cila Schulman, vice-presidente do instituto de pesquisa Ideia, o que contribui para o bom desempenho de Fernando Haddad é a memória do eleitor em relação ao ex-prefeito. O fato dele ter sido candidato a presidente, em 2018, disputando o segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) também é um fator que contribui para que ele permaneça nas lembranças dos votantes.
“Uma parcela dos eleitores que aprovam o governo Rodrigo Garcia, do PSDB, escolhem para votar na pesquisa estimulada em Fernando Haddad, do PT. Isso demonstra o tamanho do recall do nome do ex-prefeito da capital na visão do eleitorado paulista. O principal desafio de Haddad será diminuir a sua rejeição, que é a maior entre os candidatos colocados até aqui”, afirma.
Segundo turno
A pesquisa Exame/Ideia simulou seis possíveis cenários para o segundo turno. Haddad tem vantagem contra Garcia e Tarcísio. Na disputa contra o ex-ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro, o petista está à frente dentro da margem de erro, portanto é considerado empate. Sua liderança só é colocada a prova na disputa contra França: ambos aparecem com 34% das intenções de voto.
Cenário 1
- Fernando Haddad (PT): 38%
- Rodrigo Garcia (PSDB): 29%
- Branco/Nulo: 22%
- Não sabem: 12%
Cenário 2
- Fernando Haddad (PT): 36%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 31%
- Branco/Nulo: 26%
- Não sabem: 10%
Cenário 3
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 32%
- Rodrigo Garcia (PSDB): 30%
- Branco/Nulo: 20%
- Não sabem: 19%
Cenário 4
- Márcio França (PSB): 34%
- Fernando Haddad (PT): 34%
- Branco/Nulo: 18%
- Não sabem: 14%
Cenário 5
- Fernando Haddad (PT): 37%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 33%
- Branco/Nulo: 18%
- Não sabem: 12%
Cenário 6
- Márcio França (PSB): 38%
- Rodrigo Garcia (PSDB): 33%
- Branco/Nulo: 13%
- Não sabem: 16%
Metodologia
Para a realização do levantamento eleitoral, foram ouvidas 1.200 pessoas do estado de São Paulo, entre os dias 3 e 8 de junho. As pessoas foram entrevistadas pelo telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-08096/2022.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.


Política Nacional
Castro oferece Senado para Crivella desistir de tentar governo do RJ

A disposição do ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella (Republicanos) de voltar à cena política, cogitando até uma candidatura ao Palácio Guanabara, despertou uma reação do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), que agora tenta atraí-lo para sua chapa à reeleição como candidato ao Senado. Nome do campo da direita com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao estado, Castro teme que Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, conquiste o eleitorado evangélico.
O ex-prefeito formaria mais um palanque para o governador e integraria uma proposta ainda mais conservadora do que a hoje representada pela aliança com Romário (PL) — candidato ao Senado da coligação.
Para evitar que as candidaturas de Castro e Crivella concorram concomitantemente e dividam eleitores, lideranças do PL prometem aumentar o espaço do Republicanos em um eventual próximo mandato do governador, caso o ex-prefeito do Rio desista do Guanabara. Atualmente, o partido ligado à Igreja Universal comanda a Secretaria estadual de Assistência Social e é responsável por nomeações na pasta de Administração Penitenciária.

Marcelo Crivella
A proposta encontra amparo na decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que decidiu que partidos de uma mesma coligação podem lançar mais de um candidato ao Senado. No entanto, é vista como uma espécie de traição a Romário, colega de partido do governador.
Mesmo liderando as pesquisas de intenção de votos para o Senado, o ex-jogador não conta com o apoio de membros da chamada ala ideológica do governo Bolsonaro, que defendem o lançamento de uma candidatura que levante a bandeira das pautas de costumes. Para o chamado “bolsonarismo raiz”, o grupo político do presidente seria mais bem representado por Crivella.
Apesar do desejo de concorrer ao governo e de ser bem-visto como um nome ao Senado, Crivella esbarra em resistências internas no Republicanos. No cálculo mais conservador de alguns nomes do partido, uma candidatura do ex-prefeito à Câmara dos Deputados significaria um voo mais tranquilo para Crivella e para o partido, além de garantir um número maior de parlamentares na bancada federal.
Nos bastidores da legenda, o presidente nacional da sigla, Marcos Pereira, tenta controlar as pressões de deputados que contam com os votos amealhados por Crivella e a vontade do próprio ex-prefeito, que não esconde o desânimo com a possibilidade de concorrer a deputado.
Procurado, o ex-prefeito não respondeu aos pedidos de entrevista. Pereira afirmou que, por ora, ainda não há nada definido.
De olho na vaga de vice
A vaga de vice na chapa de Castro também entrou em discussão diante da tensão entre o governador e Washington Reis (MDB), cotado para o posto. Na última semana, durante a eleição do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), eles seguiram caminhos diferentes, o que fez com que vários partidos oferecessem nomes para a composição.
O próprio Republicanos sugeriu para vice a deputada Rosângela Gomes, enquanto o União Brasil, que aguarda a definição da elegibilidade de seu pré-candidato ao estado, Anthony Garotinho, acenou com Marcos Soares, Fábio Silva e Daniela do Waguinho. Nome que agradava a Castro, o deputado federal Dr. Luizinho (PP) tentará novamente a Câmara e será puxador de votos.
O impasse entre Castro e Reis, no entanto, parece apaziguado. Os dois participaram de agenda na última sexta e reiteraram a parceria.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.
Política Nacional
Com ou sem Bolsonaro, Lira se movimenta por novo mandato em 2023

Na manhã da última segunda-feira, 20, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se preparava para a reunião de líderes que debateria medidas para conter os reajustes da Petrobras nos combustíveis quando recebeu a ligação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Em debate, as reclamações do governador do Rio, Cláudio Castro (PL-RJ), ao líder do Centrão sobre a demora do governo federal em aceitar a renovação do regime de recuperação fiscal do Rio. “Paulo, ele é nosso aliado, o que respondo para ele aqui?”, questionou Lira. Cerca de 48 horas depois, o Palácio Guanabara anunciou a formalização do acordo com a União, que vinha se arrastando desde a recusa do Tesouro Nacional às condições apresentadas pelo Rio em janeiro.
Acenos do presidente da Câmara a partidos aliados se acumulam nos últimos meses, de olho na reeleição ao próprio cargo na próxima legislatura, disputa que ocorrerá em fevereiro de 2023. Para o caso de derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) e vitória do ex-presidente Lula (PT), cenário que ganhou força para lideranças do Centrão devido ao aumento da inflação e à prisão do ex-ministro Milton Ribeiro (Educação), Lira também já se move. Ampliou conversas com partidos de oposição e tem se aproximado do presidente do PSD, Gilberto Kassab, que sinaliza nos bastidores que apoiará o petista em um segundo turno contra Bolsonaro.
Lira vem amarrando o apoio de Kassab à sua reeleição em uma operação casada com a recondução de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao comando do Senado. Os movimentos coincidem com conversas recentes de Kassab para apoiar a candidatura de Tarcísio Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo, podendo até ser suplente do pré-candidato da chapa ao Senado, José Luiz Datena (PSC). O presidente da Câmara entende que, com o apoio das futuras bancadas de PL, PP, Republicanos e PSD, terá a adesão de cerca de 200 deputados logo no início da disputa.
Além de terem ajudado na vitória de Lira contra Baleia Rossi (MDB-SP) no ano passado, PL e Republicanos foram beneficiados por movimentos recentes do parlamentar do PP. Em maio, o deputado Marcelo Ramos foi destituído da vice-presidência da Câmara por ter deixado o partido de Valdemar da Costa Neto e se filiado ao PSD. Além disso, conforme O GLOBO revelou na semana passada, Lira está articulando pela escolha de Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) para uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), deixando de lado outros quatro candidatos para atender a uma demanda da legenda ligada à Igreja Universal do Reino de Deus.
As relações de Lira com partidos de oposição também estão azeitadas. Semanalmente o deputado recebe parlamentares de esquerda para reuniões na residência oficial, fortalecendo a boa conexão que já tem com vários integrantes do grupo — um deles, o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), pré-candidato ao governo do Rio. Recentemente, Freixo recorreu a Lira pedindo que ele não trabalhasse pela cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que poderá ser punido pelo Conselho de Ética da Câmara após um bate-boca com o presidente da Câmara. Ouviu o interlocutor que não haverá qualquer articulação da sua parte para punir o psolista.
Ao contrário do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que vem atacando o PT fortemente em entrevistas e textos e defendendo a reeleição de Bolsonaro, Lira tem se mantido mais neutro na disputa. Na semana passada, um vídeo de campanha que viralizou nas redes expôs a sua estratégia. Com o refrão “diz ae, diz ae, Arthur Lira é foda”, o jingle de 35 segundos fala da responsabilidade do deputado por uma série de obras em Alagoas e por ter feito o Auxílio Emergencial acontecer. Não há qualquer menção a Bolsonaro na peça.
Em maio, Lula chamou Lira de “Imperador do Japão” ao criticar a iniciativa da Câmara de discutir o semipresidencialismo. O deputado não devolveu o ataque e pretende agir desta forma até outubro.
Na segunda-feira passada, Lira celebrou a queda do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, um dia depois de publicar artigo no jornal “Folha de S. Paulo” criticando o reajuste dos combustíveis. Escrito pelo jornalista e consultor de crise Mario Rosa, o texto propunha uma devassa nos ganhos de diretores da empresa.
Mensagem pós-demissão
Naquele dia, o pedido de demissão de José Mauro foi anunciado pela Petrobras por volta das 10h. Uma hora depois, o ex-presidente da empresa mandou mensagem para Lira querendo marcar uma conversa. A semana que começou com o rumor de que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) seria instalada para investigar a Petrobras terminou com o PP não seguindo o PL, partido do presidente, na coleta de assinaturas para a abertura dos trabalhos do colegiado.
Lira e lideranças do Centrão divergem do Planalto sobre a forma como lidar com a Petrobras nesse momento de inflação alta. A ala política do governo considera que é preciso fazer os preços da gasolina e do diesel caírem; Bolsonaro acredita, contudo, que se não houver novos reajustes, o cenário ficará favorável para a sua reeleição.
O presidente terminou a semana abandonando a ideia de zerar o ICMS dos combustíveis cobrado nos estados para propor um aumento para R$ 600 do Auxílio Brasil. Lira segue a sua agenda própria sobre a Petrobras. Articula para derrubar a lei das estatais, instrumento criado no governo Michel Temer (MDB-SP) para blindar os cargos de direção da Petrobras de serem ocupados por políticos sem experiência. Em um eventual terceiro governo Lula, o terreno poderá estar fértil para a mesma medida. Na última quinta-feira, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, também defendeu a revogação da legislação criada por Temer.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.
-
Registro Geral20/06/2022 - 18:48
Cabo da Polícia Militar morre aos 40 anos após passar mal em academia em Cuiabá
-
Geral20/06/2022 - 17:30
Várzea Grande anuncia 4ª dose de vacina contra covid partir desta terça-feira
-
Política Nacional21/06/2022 - 21:36
Câmara aprova projeto sobre mudança de destinação de imóvel em condomínio
-
Policial21/06/2022 - 09:50
Foragido há três anos, líder de facção criminosa é preso pela GCCO em Cuiabá com nova identidade
-
Geral19/06/2022 - 16:56
Choque frontal entre moto esportiva e picape Strada mata motociclista na MT 251, que liga Cuiabá-Chapada
-
Entretenimento19/06/2022 - 18:35
Pabllo Vittar é atingida no rosto durante show da Parada LGBT+
-
Geral20/06/2022 - 17:00
Cuiabá libera 4ª dose da vacina contra covid para pessoas acima de 40 anos a partir de quarta-feira
-
Policial23/06/2022 - 14:55
Empresário que foi pivô do ‘Escândalo dos Aloprados do PT’ é preso por abusar de sobrinha e da babá do filho
DA LHES LULA E HADDAD. VAI MANDAR O GADO E O VAQUEIORO PARA O CURRAL MAIS CEDO.