Conteúdo/ODOC - O ex-tesoureiro do PT de Mato Grosso, Valdebran Carlos Padilha da Silva, de 60 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (18),em sua residência no bairro Jardim Paulista, em Cuiabá.
Ele foi condenado a 15 anos e dois meses de prisão em regime fechado pela 14ª Vara Criminal de Cuiabá pelos crimes de estupro de vulnerável e abuso sexual cometidos contra menores de idade. Uma das vítimas foi a sobrinha de sua ex-companheira. O mandado de prisão é decorrente da condenação, que foi dada em janeiro de 2025.
No final de maio deste ano, ele foi novamente denunciado por estupro de vulnerável. O pai da enteada do suspeito procurou a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande (DEDMCI-VG) e denunciou que a filha, de seis anos, teria abusado dela com toques nas partes íntimas pelo padrasto.
Diante da reiteração criminosa e, após diversas tentativas de localizá-lo, a adjunta da DEDMCI/VG, delegada Jéssica Cristina de Assis, representou pela prisão preventiva do investigado, que foi deferida pelo Juízo da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica de Várzea Grande e cumprida no bairro Jardim Paulista, em Cuiabá.
Padilha estava foragido da Justiça desde janeiro deste ano. Após ser interrogado e ter os dois mandados em aberto contra ele cumpridos nesta segunda-feira, o condenado foi encaminhado para audiência de custódia e ficou à disposição da Justiça.
Ele já havia sido preso em 2022 sob a mesma acusação de abusar sexualmente de duas adolescentes em Cuiabá.
Histórico
Valdebran Padilha é tio do vereador por Cuiabá, Gustav Padilha (PSB) e ganhou notariedade em 2006 pelo “Escândalo dos Aloprados”, foi flagrado em um hotel de São Paulo com R$ 1,7 milhão, valor que seria destinado à compra de um dossiê contra candidatos do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin.
Na época, a Polícia Federal concluiu que o dinheiro era do PT e seria entregue ao empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe da "máfia das ambulâncias".