Conteúdo/ODOC - Silvana Souza de Freitas Gonçalvez, ex-tabeliã substituta de Pontes e Lacerda, foi condenada a 20 anos de prisão em regime fechado por ter encomendado o assassinato da ex-funcionária Vilmara de Paula, morta a tiros em 2007.
A nova sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri no fim de junho, após a anulação do primeiro julgamento, realizado em 2024.
De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), Silvana e sua família pagaram R$ 10 mil pela execução da vítima, em crime que ficou conhecido como o “crime do cartório”.
Os jurados reconheceram a autoria do crime e as qualificadoras de homicídio mediante pagamento e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
O juiz Luiz Antônio Muniz Rocha, responsável pela sentença, destacou como circunstâncias agravantes a premeditação e o fato de o homicídio ter sido cometido na presença do filho de Vilmara. Ele determinou a prisão imediata da ré, ressaltando o impacto social do crime e a necessidade de justiça.
Vilmara trabalhava no cartório da família de Silvana e foi demitida após denunciar irregularidades internas. Ela chegou a ingressar com uma ação trabalhista e pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 870 mil. Segundo a investigação, além das denúncias, Vilmara relatava ser humilhada constantemente por Silvana — o que teria motivado o crime.
O assassinato aconteceu no dia 27 de junho de 2007, por volta das 18h, próximo ao “Bar do Tonho”, em Pontes e Lacerda. O executor foi o vigia noturno Márcio da Cruz Pinho, já condenado. Outros envolvidos também já foram punidos, entre eles o policial militar Aurindo Soares, condenado a 21 anos por ter intermediado a contratação do assassino.