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Ex-servidor preso pela morte de Heloysa acusa mãe da vítima de participação no crime

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Ex-servidor preso pela morte de Heloysa acusa mãe da vítima de participação no crime
Ele alega que a mãe da menor não aceitava a orientação sexual da filha

Conteúdo/ODOC - O ex-servidor público Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, preso pelo assassinato da enteada Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, em Cuiabá, acusou a mãe da vítima, Suellen de Alencastro Arruda, de participação no crime.

A declaração foi feita na manhã desta quinta-feira (24), enquanto Benedito deixava a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), escoltado por policiais, a caminho do Fórum da capital, onde passará por audiência de custódia.

Segundo Benedito, Suellen teria pedido que ele cometesse o assassinato porque não aceitava a orientação sexual da filha. “Você [Suellen] tem que assumir o que você pediu porque você não aceitava sua filha gostar de mulher e todo mundo sabe, inclusive seus vizinhos”, afirmou a imprensa.

Ainda em sua fala, Benedito disse que estava com Suellen durante todo o tempo e que teria seguido instruções dela. “Não estou falando que ela é culpada, mas ela sabe o que ela me pediu pra fazer. Eu estava com ela desde o início, fui pra UPA, acompanhei ela, tudo que ela me pediu eu fiz”, alegou.

Além de Benedito, também foram presos pelo crime o filho dele, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, dois adolescentes de 17 e 16 anos.

O caso

Segundo as investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA), o crime teve início no começo da noite de terça-feira (22), quando Benedito foi até a casa da namorada com seu veículo e levou os demais suspeitos, seu filho e dois colegas de escola.

A vítima Heloysa foi assassinada dentro da casa, antes da chegada da mãe e com o padrasto ainda presente.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a adolescente teve múltiplas lesões pelo corpo, mas a causa da morte foi asfixia por estrangulamento, com um cabo de celular (USB).

Após o feminicídio da adolescente, o padrasto saiu da casa da namorada para atender um chamado de trabalho.

Mas, segundo o delegado Guilherme Bertoli, titular da DERFVA, quando ele saiu da residência, ele já sabia que Heloysa estava morta.

A mãe da adolescente demorou para ir para casa. Quando chegou, ela estava acompanhada de uma amiga e um bebê. O filho do namorado estava com o rosto coberto e não foi reconhecido.

As duas mulheres foram levadas para um quarto e a mãe não viu a filha. Ela também foi brutalmente espancada. Já a amiga foi poupada por estar com um bebê no colo.

“A mãe demorou para chegar na residência. Os criminosos adentraram, renderam Heloysa e a mãe demorou para chegar na residência. Quando ela chegou, eles partiram para a agressão, ela não sabia que a filha já estava morta. Eles levaram ela para outro quarto e foi então que conseguiram sair com o corpo de Heloysa”, explicou o delegado Guilherme.

O corpo da adolescente foi localizado por uma equipe do 10º Batalhão da PM, por volta das 22h20, dentro de um poço com aproximadamente 9 metros de profundidade, em uma região de mata, no bairro Ribeirão do Lipa.

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