Conteúdo/ODOC - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura possíveis irregularidades no contrato entre a Prefeitura de Cuiabá e a empresa CS Mobi já definiu a data para ouvir o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O depoimento está agendado para a próxima segunda-feira (7), às 14h, no plenário da Câmara Municipal.
Emanuel deverá prestar esclarecimentos sobre o acordo firmado durante sua gestão com a CS Mobi, responsável pela implantação e administração do sistema de estacionamento rotativo na capital, além da construção do novo Mercado Municipal na Avenida Isaac Póvoas.
Um dos principais pontos questionados pela CPI é a modificação do fundo garantidor do contrato, feita sem o aval da Câmara, o que, segundo os vereadores, fere a legislação vigente.
O contrato em questão tem validade de 30 anos e prevê um valor total de aproximadamente R$ 650 milhões. Parlamentares da comissão vêm apontando indícios de irregularidades, principalmente no que diz respeito à falta de transparência e à ausência de contrapartidas claras para o município, especialmente durante o período em que a obra do mercado permaneceu paralisada.
O presidente da CPI, vereador Bruno Ranalli (PL), confirmou que o ex-prefeito foi notificado e demonstrou disposição para colaborar com as investigações. “Confirmou a presença, sim. Foi muito receptivo. Minha equipe o encontrou ontem à tarde e conseguiu entregar a intimação. Ele vai comparecer na próxima segunda-feira, às 14h, aqui no Plenário, para atender às demandas dos vereadores”, afirmou à imprensa.
O contrato com a CS Mobi tem sido alvo de diversas críticas. Na semana passada, a vereadora Michelly Alencar (União) denunciou na tribuna que, mesmo com a obra do mercado inacabada, a Prefeitura segue pagando mensalmente R$ 650 mil à empresa. A parlamentar também apontou tentativa da concessionária de retirar a gratuidade do estacionamento para idosos — medida que gerou forte reação da sociedade.