Ex-diretores, PMs e presos viram réus por facilitar entrada de celulares em presídio

O ex-diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE) – antigo Presídio Pascoal Ramos- Revétrio Francisco da Costa, e o ex-subdiretor, Reginaldo Alves dos Santos, os policiais militares Cleber de Souza Ferreira (Tenente do 3º BPM), Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira (Subtenente na Rotam) e Denizel Moreira dos Santos Júnior (Cabo na Rotam), e os detentos Paulo Cezar da Silva, vulgo “Petróleo”, e Luciano Mariano da Silva, conhecido como “Marreta” – apontados como lideres do Comando Vermelho, tornaram-se réus na Justiça após participarem da entrega de um freezer recheado com 86 celulares na PCE.

A decisão foi proferida pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal, na última quarta-feira (31) e foi divulgada nesta terça-feira (6) no Diário da Justiça Eletrônico (DJE). A juíza aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e os cinco acusados vão responder por organização criminosa, crime em concurso com funcionário público e emprego de arma de fogo.

Os acusados têm dez dias para apresentar a defesa. “Posto isto, verificada a existência de suporte probatório mínimo da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria, recebo a denúncia e determino a citação dos acusados para apresentarem Resposta à Acusação no prazo de 10 dias”, diz trecho da decisão da magistrada.

Operação Assepsia

Os sete denunciados foram alvos da “Operação Assepsia”, deflagrada no dia 18 de junho, para apurar a entrada de 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido na PCE.  Todo o material estava acondicionado dentro da porta de um freezer, que foi deixado naquela unidade para ser entregue a um dos detentos, apontado como líder de facção criminosa