Conteúdo/ODOC - A jovem Eduarda Souza Reis, que foi presa na última segunda-feira (8), acompanhada do chefe do Comando Vermelho, Thiago Henrique Alves de Oliveira, de 33 anos, afirmou acreditar que o namorado aplicava “golpes na OLX” e que ela apenas o via falando ao telefone.
Esse é um dos principais pontos de um caso policial que envolve homicídios, roubos a agências bancárias e apreensão de grandes quantias em dinheiro em Mato Grosso.
Eduarda foi presa na segunda-feira (8) no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, junto a Thiago. Ele é apontado pela polícia com um dos cabeças da facção com envolvimento em pelo menos três homicídios ocorridos em Cuiabá, além de participação em roubos a bancos no estado.
Durante a abordagem no aeroporto, os policiais localizaram celulares e dinheiro em espécie com o casal. Na sequência, equipes do GAP do 3º Batalhão da Polícia Militar realizaram buscas no Jardim Renascer, onde apreenderam cerca de R$ 40 mil em dinheiro, joias e aparelhos celulares que, segundo as investigações, seriam utilizados em ações criminosas.
Em depoimento, Eduarda negou qualquer participação em atividades ilícitas e disse que desconhecia a real origem do dinheiro. “Eu só via ele falando no telefone. Ele nem saía de casa. Eu acho que ele aplicava golpe na OLX”, afirmou. A jovem declarou ainda que se sustenta por meio do Bolsa Família e que não tem envolvimento com crimes.
Na residência do casal, os policiais também encontraram seis celulares e aproximadamente R$ 10 mil em espécie. Thiago afirmou que o dinheiro pertencia a Eduarda, enquanto ela voltou a negar e disse não saber a origem dos valores.
De acordo com a Polícia Civil, Thiago Henrique Alves de Oliveira é investigado por participação em três homicídios registrados na capital, crimes que teriam relação com disputas entre facções criminosas. Ele também possui histórico de envolvimento em roubos a instituições financeiras em Mato Grosso, incluindo ações que causaram prejuízos milionários no estado.
O suspeito permanece preso à disposição da Justiça. As investigações continuam para apurar a origem do dinheiro, o uso dos celulares apreendidos e a eventual participação de outras pessoas nos crimes investigados.
