Conteúdo/ODOC - O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi (PSB), saiu em defesa do governo estadual após críticas de que o orçamento enviado anualmente ao Parlamento seria subdimensionado e acabaria limitando reajustes salariais e repasses aos demais Poderes. A discussão ganhou força depois de o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Sérgio Ricardo, afirmar que a prática recorrente do Executivo acaba dificultando a execução orçamentária de outros órgãos.
Max afirmou que o governo trabalha com projeções mais conservadoras para prevenir possíveis frustrações de receita ao longo do ano. Ele reconheceu, porém, que essa estratégia reduz a margem de manobra do Judiciário, Legislativo e demais instituições. Segundo o parlamentar, o Executivo adota postura prudente ao estimar quanto poderá arrecadar, o que leva ao contingenciamento de despesas.
O presidente da Assembleia disse aguardar um entendimento entre a Comissão de Orçamento e a Secretaria de Fazenda, comandada por Rogério Gallo. Ele destacou que o deputado Carlos Avalone, responsável pela comissão, está conduzindo as tratativas para eventuais ajustes no projeto, que deve ser votado na próxima semana.
A manifestação de Max Russi ocorre após os deputados manterem o veto do governador Mauro Mendes ao reajuste de 6,8% para servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O governo argumentou que a proposta criaria despesa permanente sem comprovação de capacidade financeira, podendo levar o Judiciário ao limite prudencial com gasto de pessoal. Apesar de parecer favorável do deputado Eduardo Botelho pela derrubada do veto, a maioria decidiu apoiar o Executivo.
Questionado sobre articulação política na votação, Max afirmou que a decisão refletiu a posição individual de cada parlamentar, reforçando que o assunto está superado e que o foco agora é avançar com as demais pautas da Casa.