Instalada em uma sala comercial situada no município de Nova Lima, Minas Gerais, a Argo Inteligência Digital LTDA, recebeu dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, apenas no ano passado, cerca de R$ 24 milhões. A justificativa para tanto dinheiro é a realização de serviços como sustentação operacional, manutenção corretiva, desenvolvimento de sistemas e suporte operacional continuado ao Parlamento mato-grossense, em 2024.
Num período de 12 meses, a Mesa Diretora autorizou 44 débitos automáticos, via Banco do Brasil, que foram parar na conta corrente da Argo. Entre setembro e novembro, por exemplo, foram disparadas 19 transferências, totalizando aproximadamente R$ 13 milhões. Conforme matéria de capa publicada na quinta-feira (24) pelo Portal O Documento e TV Cuiabá, nos seis primeiros meses de 2025, a Argo Inteligência já recebeu da Casa de Leis cerca de R$ 15 milhões pelos mesmos serviços ofertados no ano anterior.
Mesmo recebendo uma montanha de recursos públicos, a Argo tem capital social baixo, R$ 900 mil, e está no mercado de tecnologia da informação há pouco mais de quatro anos. A empresa não possui filiais, e a matriz é gerenciada por apenas um sócio, Altieri Pereira. Em consulta ao Ministério do Trabalho, verificou-se que a firma emprega cerca de 22 colaboradores em seu quadro funcional.
A reportagem entrou em contato com o Superintendente de Tecnologia da Informação da Assembleia Legislativa, Vinicius Curvo Nunes, para checar maiores esclarecimentos acerca dos vultuosos pagamentos e a qualidade dos serviços ofertados pela Argo. No entanto, por conta do recesso parlamentar, não obtivemos respostas. O espaço segue aberto a qualquer esclarecimento da Casa de Leis. Confira, abaixo, todos os pagamentos realizados no ano passado à referida empresa:






