MANÍACO DA UFMT

Em novo depoimento, acusado alega que manteve sexo consensual e nega feminicídio

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Em novo depoimento, acusado alega que manteve sexo consensual e nega feminicídio

Conteúdo/ODOC - Reyvan da Silva Carvalho, 30 anos, preso em Cuiabá no fim de agosto, admitiu em novo depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que manteve relações sexuais com Solange Aparecida Sobrinho, 40 anos, encontrada morta em julho no campus da UFMT. Apesar disso, ele negou ter cometido o feminicídio.

A versão, porém, não convence a Polícia. O delegado Bruno Abreu afirma que as declarações de Reyvan entram em contradição com o laudo pericial e com imagens de câmeras de segurança. “Ele disse que foi pela manhã, mas a vítima só saiu de casa à tarde. Mentiu sobre a roupa, mas ao ver a foto reconheceu que era ele. O DNA confirma a autoria”, destacou.

Câmeras mostraram Solange chegando à UFMT por volta das 16h do dia 23 de julho, seguindo até a antiga associação Master, prédio abandonado onde foi encontrada morta no dia seguinte.

Reyvan também foi filmado no campus naquele dia, inclusive no mesmo trajeto feito pela vítima.

A perícia apontou que Solange foi estuprada e morta por asfixia mecânica. Foram encontrados sêmen nas cavidades vaginal e anal, com DNA compatível ao do acusado. O perfil genético dele ainda apareceu em outras três vítimas, entre elas uma grávida de seis meses e outra que também foi morta após o abuso.

Reyvan acumula registros por estupros e feminicídios desde 2020, todos em Cuiabá e contra mulheres em situação de vulnerabilidade. Ele costumava circular pelos campus da UFMT e do Univag. “O campus virou um reduto do crime para ele. A autoria é indiscutível. DNA não se contesta”, afirmou o delegado.