Conteúdo/ODOC - O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal Bosco (União Brasil), respondeu às declarações do colega Faissal Calil (PL), que acusou o Palácio Paiaguás de favorecer parlamentares mais próximos do Executivo na liberação de emendas parlamentares. Dilmar negou qualquer tipo de privilégio e afirmou que seu desempenho na liberação de recursos é resultado de planejamento e eficiência técnica.
“Eu não sou amigo do rei, sou amigo de todos. Tenho uma equipe eficiente e organizada. Todos os anos, trabalhamos para apresentar projetos estruturados e em conformidade com as exigências legais. O critério para o pagamento das emendas é técnico, não político”, disse o parlamentar.
Faissal, que recentemente rompeu com a base do governo e passou a se declarar “independente”, criticou o que chamou de “tratamento desigual” entre os deputados. Segundo ele, enquanto alguns aguardam liberação de recursos, outros estariam recebendo valores até para custeio de eventos. O deputado citou como exemplos o vice-líder do governo, Beto Dois a Um (PSB), com R$ 16,7 milhões pagos, e o próprio Dilmar Dal Bosco, que já teve R$ 16,9 milhões liberados.
De acordo com dados apresentados por Faissal, o presidente da Assembleia, Max Russi (PSB), lidera o ranking de repasses com R$ 17,1 milhões. O próprio Faissal teve, até o momento, R$ 5,9 milhões em emendas executadas.
Dilmar minimizou as críticas e afirmou que o governo tem se comprometido a quitar as emendas de todos os parlamentares, respeitando a disponibilidade orçamentária e a regularidade dos projetos. “O chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, já garantiu que ninguém será excluído. O pagamento depende da documentação correta e da capacidade de execução”, afirmou.
Ainda assim, Dilmar preferiu adotar tom conciliador e disse que respeita a posição do colega: “Não vejo a fala do Faissal como crítica, cada um tem seu entendimento. Eu sigo trabalhando com seriedade”.