O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, nos convida a refletir sobre inclusão, respeito e a necessidade de garantir um atendimento especializado e humanizado às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007, e definida para levar informação à população, com objetivo de redução de discriminações e preconceitos. Outro ponto é que o aumento no número de diagnósticos reforça a importância de compreensão do que é o TEA e de iniciativas que ofereçam suporte terapêutico de qualidade.
O desenvolvimento de espaços voltados ao acompanhamento terapêutico tem sido fundamental para ampliar o acesso a tratamentos eficazes. Ambientes estruturados e equipes multidisciplinares possibilitam abordagens inovadoras, promovendo a evolução das crianças e jovens autistas e auxiliando suas famílias na construção de rotinas mais adaptadas e acolhedoras.
A abordagem integrada de diferentes especialidades se consolida como um diferencial no cuidado, ao reunir profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicopedagogos em um atendimento coordenado. Essa estrutura permite que cada paciente receba um plano terapêutico individualizado, focado no desenvolvimento de habilidades essenciais para sua autonomia e qualidade de vida.
A inclusão destes espaços terapêuticos, com ambientes sensoriais e unidades que simulam atividades do cotidiano, demonstram impactos positivos no progresso dos pacientes. Essas iniciativas reforçam a importância de um tratamento que vai além do aspecto clínico, proporcionando experiências que contribuem para a evolução no convívio social e na independência das crianças e adolescentes.
Com o avanço desses modelos de atendimento, cresce também a rede de suporte às famílias, que encontram mais recursos para enfrentar os desafios do dia a dia. A ampliação da oferta de serviços especializados fortalece a perspectiva de um futuro mais inclusivo, onde cada criança tenha acesso a oportunidades que favoreçam seu pleno desenvolvimento.
Na Unimed Cuiabá, por exemplo, investimos nos últimos anos na criação das Clínicas Multidisciplinares de Terapias Especiais, que se tornaram referência no cuidado às crianças e jovens com TEA e outros transtornos do neurodesenvolvimento. Atualmente, contamos com três unidades, localizadas no Jardim Cuiabá (Clínica 1), no Porto (Clínica 2) e no Coxipó (Clínica 3).
Sabemos que o caminho para uma sociedade mais inclusiva exige políticas públicas eficientes, engajamento de diferentes setores e, sobretudo, empatia. Em nossa cooperativa, seguimos com a missão de oferecer um atendimento cada vez mais qualificado e acessível às famílias que convivem com o autismo.
Neste 2 de abril, reforçamos nosso compromisso em construir um futuro em que todas as crianças tenham oportunidades iguais para desenvolver seu potencial.
Carlos Bouret é médico e diretor-presidente da Unimed Cuiabá
