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Desembargador toma posse e promete continuar a busca pela paz social

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Mário Kono tomou posse como desembargador do TJMT na segunda-feira

Com a promessa de continuar a busca pela paz social, a solução de conflitos e a humanização nos propósitos, tomou posse, nesta segunda-feira (1º), como desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) o juiz Mário Roberto Kono de Oliveira. “Estarei de portas e ouvidos abertos para as partes diretamente ou representadas e para todos que tiverem ideias e ideais de buscarem a Justiça e a solução de conflitos”, afirmou.

Com a posse de Kono, o TJMT completa o quadro de desembargadores da Corte. A cerimônia ocorreu, no final da tarde, no Plenário 1 do Tribunal e contou com a presença do governador do Estado, Mauro Mendes, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho, presidente da OAB-MT, Leonardo Campos, promotor de Justiça Roosevelt Pereira Cursine, representando o Ministério Público (MPE), magistrados, servidores, familiares e amigos.

Após o presidente do TJMT, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, fazer a abertura da solenidade, o então juiz Mário Kono foi conduzido ao Plenário pelos desembargadores Rubens de Oliveira Santos Filho e Helena Maria Bezerra Ramos, ao som da música Romaria, de Renato Teixeira, cantada pelo amigo e compositor Pescuma. No centro do plenário, Kono fez o juramento e tomou posse como desembargador sobre o olhar atento do único irmão, o médico Jairo Kono, da mulher e dos quatro filhos e da convidada especial e mentora na magistratura, a desembargadora aposentada Shelma Lombardi de Kato e mais convidados.

Foi condecorado pelo Pleno do Tribunal e saudado pelo corregedor-geral da Justiça, desembargador Luiz Ferreira da Silva. “Como juiz, Mário Kono é considerado homem de fino trato com colegas, magistrados ou qualquer pessoa com quem convive. Virtudes tem de sobra. Qualidades profissionais e pessoais que me fazem ter a certeza de que exercerá de forma igualmente brilhante o cargo de desembargador como o foi de juiz”, elogiou. “Seja, portanto, muito bem-vindo Mário Kono”, desejou o corregedor.

Ao fazer o primeiro pronunciamento como desembargador, Mário Kono lembrou da infância na cidade de São Paulo, da casa humilde mantida pelos pais, mas sempre com exemplo de caráter e educação. Na adolescência experimentou a área da comunicação, mas viu a chance de ir para Londrina, no Paraná, por meio do curso de Direito, pensou que não seria aprovado. Foi e gostou das disciplinas, conseguiu passar em concurso da Caixa Econômica Federal, onde atuou por 10 anos, até que veio concluir o curso na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e prestar concurso no TJMT. “Antes mesmo de iniciar a carreira, a querida desembargadora Shelma já me alertara que a escolha da profissão seria de um verdadeiro sacerdócio, e, realmente, foi nesta profissão que compreendi os propósitos de Deus para comigo”, relembrou.

O novo desembargador lembrou os filhos que enfrentaram os sabores e dissabores da vida nômade do pai em Mato Grosso, dos colegas que encontrou pelo caminho e os servidores que o auxiliaram na lida e o companheirismo da esposa Juliana.

Destacou a chegada ao Juizado Especial Criminal de Cuiabá (Jecrim), em 1999, e o que chamou de “implantação de chip na cabeça”, a afirmação de que “a quem muito for dado, muito será exigido. “Se teve um maior beneficiário em toda essa jornada, sem dúvidas, sou eu, que aprendi a servir, a ser mais tolerante, compreensível e humano”, avaliou.

Sobre a chegada ao Segundo Grau, disse que assume um almejado lugar, e reforçou que a disputa teve um nível muito alto e, por isso, pede a Deus que o ajude a “se não conseguir igualar, ao menos não decepcioná-los”. “Neste exato momento, o chip como o inexorável relógio da matriz ressoa em minha mente a velha e atual frase: ‘a quem muito for dado, muito será exigido’”, disse. “Tenho impregnado em mim os princípios da objetividade, da celeridade, da economia processual, da oralidade e informalidade. Quem foi juiz de juizado especial, como os desembargadores Carlos Alberto, Dirceu dos Santos, Sebastião Barbosa, Maria Aparecida, José Zuquim e Serly Marcondes, sabem como é isto, impregna e não se livra sem esforço”.

O presidente do Tribunal declarou sua felicidade pela chegada de Mário Kono à Corte. “Não só pelo o que você fez julgando as ações, mas pelo lado social que trouxe ao Poder Judiciário de Mato Grosso. Você conseguiu introduzir isto para que tivéssemos outra visão no Tribunal. Continue agindo assim”, aconselhou o desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha.

Currículo resumido – O magistrado foi eleito para o cargo, na última quinta-feira (27 de junho), em votação aberta do Tribunal Pleno. Mári Kono tem 58 anos, é juiz há 27 e passou pelas Comarcas de Nova Xavantina, São Félix do Araguaia, Barra do Bugres e Cáceres, até ser designado para o Jecrim.

Foi pioneiro na implementação da Justiça Terapêutica em Mato Grosso, com o desenvolvimento de trabalhos relacionados ao tratamento de alcoolismo, dependência química, psicopatias e neuroses como penas alternativas.

Ao ser empossado juiz aos 31 anos de idade, substituiu a carreira de bancário pela magistratura. Também atuou como juiz eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) e em várias zonas eleitorais, além de ter passado pelo magistério, ministrando a disciplina de Direito Penal e Direito Processual Penal, no Centro Universitário de Várzea Grande (Univag).

 

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