MALHA FERROVIÁRIA

Em audiência, deputado defende ampliação da ferrovia de integração em Mato Grosso

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Em  audiência, deputado defende ampliação da ferrovia de integração em Mato Grosso

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) acompanhou, na última sexta-feira (14), em Cuiabá, audiência pública com representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre o projeto de concessão das Ferrovias de Integração Centro-Oeste (FICO) e de Integração Oeste-Leste (FIOL). O encontro teve como objetivo levantar informações e sugestões de forma participativa para contribuir com o plano ferroviário e, assim, adequar o projeto para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) e a elaboração de edital para leilão previsto para o início de 2026.

“Muito importante essa audiência pública, que dá legalidade a todo esse processo de concessão para exploração dos serviços de transporte ferroviário. Mato Grosso está na rota do plano ferroviário desde o século XIX, desde Dom Pedro II. Vivemos 200 anos isolados, esperando a ferrovia chegar a Cuiabá e, agora, podemos falar de várias ferrovias, como essas que são concessões da Vale e outra da Rumo Logística. Agora é um novo tempo e um novo momento. Precisamos acompanhar o cronograma físico deste projeto, entender os atrasos e avanços, especialmente no trecho entre Água Boa e Lucas do Rio Verde, que pertencem ao nosso estado de Mato Grosso”, afirmou o parlamentar.

O superintendente de Concessão de Infraestrutura da ANTT, Marcelo Fonseca, explicou que as audiências públicas têm o objetivo de ouvir a sociedade para que a concessionária tome as melhores decisões. Em relação ao processo construtivo do trecho entre Mara Rosa (GO) e Água Boa, ele destacou que a obra já está em fase inicial. Já a extensão do projeto até Lucas do Rio Verde ainda depende de um estudo de viabilidade. “A viabilidade da extensão do projeto para Lucas do Rio Verde precisa ser analisada em relação ao investimento. Acredito que, em 10 anos, podemos ter essa expectativa futura para a implantação e ampliação deste empreendimento. Quando chegamos em Lucas do Rio Verde, estamos no coração da produção do Estado. Por isso, esse trecho tende a ter uma influência maior e dependerá da evolução da produção do Estado”, explicou.

Wilson Santos defende que, além dos 384 km já garantidos até Água Boa, as obras sejam ampliadas até Lucas do Rio Verde e Vilhena (RO). “Minha preocupação é a continuidade dessa obra a partir de Água Boa, cujo financiamento está garantido por meio da renovação de concessão que o Governo Federal fez em favor da Vale. Nosso interesse é que essa obra tenha continuidade, que seja incluída no Plano Plurianual do Governo Federal e, também, nas próximas leis de diretrizes orçamentárias. O mais importante é garantir os recursos. Essa é uma obra estratégica para o desenvolvimento não só de Mato Grosso, mas de toda a região centro-oeste e de outros Estados”, destacou.

Além de Cuiabá, a audiência pública sobre o corredor ferroviário leste-oeste também ocorreu, na mesma semana, em Salvador (BA) e Brasília (DF). Durante os encontros, foram debatidos os projetos de engenharia, os investimentos estimados em R$ 28,7 bilhões, o prazo de concessão de 35 anos, a geração de empregos diretos e indiretos, estudos socioambientais, o modelo regulatório, além do edital e do contrato.