Conteúdo/ODOC - A alegação de legítima defesa feita pela mulher de 40 anos que matou o companheiro com um golpe de faca no pescoço, na noite desta terça-feira (18), na região do Coxipó da Ponte, em Cuiabá, é vista com cautela pela Polícia Civil. Embora ela afirme ter agido para salvar a própria vida, o delegado responsável pelo caso, Nilson Farias, apontou contradições e elementos que ainda precisam ser esclarecidos.
Detida ao lado do corpo, a mulher disse que o casal bebia quando uma discussão evoluiu para agressões físicas. Segundo ela, o golpe foi desferido porque temeu ser morta. “No meio das agressões, a única defesa que eu vi foi só a faca. Eu não queria matar ele não, é porque ele veio para cima de mim. Se eu não me defendesse, ele ia me matar”, declarou.
A versão, porém, não convenceu totalmente o delegado. Farias destacou que a facada foi desferida com força e atingiu uma região letal. “Temos uma faca de grande espessura, um golpe numa região fatal. A perfuração foi tão profunda que pode ter atingido uma artéria”, afirmou.
Ele também ressaltou que, de acordo com testemunhas, a briga não teria sido unilateral. “Conversamos com testemunhas e eles falaram que era uma discussão mútua, não era somente ele que agredia ela”, disse, pontuando ainda que ambos estavam embriagados no momento do crime.
Apesar de ser ré primária e ter bons antecedentes, a mulher teve a prisão preventiva decretada.
Ela permanece detida enquanto a investigação avança para esclarecer a dinâmica do homicídio.
GOLPE DE FACA
Delegado contesta versão de legítima defesa de mulher que matou marido em Cuiabá