MORTE EM PESQUEIRO

Delegada diz que assassino de ex-mulher ria o tempo todo durante prisão: “sarcástico”

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Delegada diz que assassino de ex-mulher ria o tempo todo durante prisão: “sarcástico”
Assassino foi preso na tarde de segunda-feira quando tentava fugir de cerco policial

Conteúdo/ODOC - José Alves dos Santos, de 31 anos, acusado de matar a ex-companheira Jacyra Grampola Gonçalves da Silva, de 24, em um pesqueiro em Sorriso, foi preso nesta segunda-feira (18), no distrito de Piratininga. No momento da prisão, ele debochou do crime e chegou a rir ao ser questionado pela polícia.

A revelação foi feita pela delegada Laísa Crisóstomo de Paula Leal, titular da Delegacia da Mulher de Sorriso e responsável pela investigação.

“Ele estava sarcástico o tempo todo, ria, dizia que realmente tinha feito aquilo e que pretendia se entregar quando achasse o momento certo. Na cabeça dele, se se apresentasse após 24 horas, nada iria acontecer”, relatou.

O feminicídio ocorreu na tarde de domingo (17) e foi registrado por câmeras de segurança.

O relacionamento entre a vítima e o agressor terminou em maio deste ano. Temendo pela própria vida, Jacyra chegou a solicitar e obter uma medida protetiva, que ainda estava em vigor quando foi morta.

No dia do crime, a vítima estava no pesqueiro com uma amiga, quando o suspeito chegou ao local e disse que queria lhe entregar um presente que estava em seu carro.

Com medo da situação, a vítima se recusou a ir até o veículo com o ex-companheiro, que permaneceu no local. Em determinado momento, o suspeito se aproximou da vítima com uma caixa, que aparentava ser um presente, momento em que sacou uma arma de fogo calibre 38 e efetuou cerca de seis disparos contra a vítima.

Após o crime, ele fugiu em um Volkswagen Fox preto. O veículo foi abandonado no distrito de Santiago. De lá, ele pegou carona até Piratininga, onde almoçou e seguiu a pé em direção a Paranatinga, sendo capturado antes de chegar ao destino.

Durante o interrogatório, José revelou onde havia escondido a arma. O revólver foi localizado em uma área de mata em Piratininga. Ele afirmou ter comprado a arma há três meses, em Cuiabá, alegando que era ameaçado.

No entanto, para a polícia, o objetivo da aquisição foi cometer o crime, já que ele não aceitava o fim do relacionamento.