CASO RENATO NERY

Defesa pede impronúncia e liberdade de acusado de executar advogado em Cuiabá

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Defesa pede impronúncia e liberdade de acusado de executar advogado em Cuiabá

Conteúdo/ODOC - A defesa de Alex Roberto de Queiroz Silva, o caseiro acusado de executar o advogado Renato Gomes Nery, recorreu da decisão que o enviou a júri popular. Os advogados pedem que ele seja impronunciado e que aguarde o julgamento em liberdade.

Alex e o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira respondem por homicídio qualificado, mediante promessa de recompensa, recurso que dificultou a defesa da vítima, perigo comum e agravante pelo fato de advogado  ter mais de 60 anos.

Segundo a defesa, não há provas suficientes contra Alex. “O réu, de forma alguma, tem participação em organização criminosa. O que existe são apenas acusações vazias, sem respaldo em elementos fáticos”.

A peça ainda classifica como “improcedente” a qualificadora de perigo comum, apontada pelo Ministério Público Estadual, que alega que os disparos colocaram outras pessoas em risco.

O MPE sustenta que os tiros atingiram área movimentada e que um projétil foi encontrado no estacionamento de um mercado. “As imagens mostram que a ação foi direcionada exclusivamente à vítima, que estava sozinha ao sair do carro. Não havia risco a número indeterminado de pessoas”.

O caso

O advogado Renato Gomes Nery foi executado a tiros em 5 de julho de 2024, quando chegava ao escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Ele foi atingido por sete disparos, um deles na nuca. Passou por cirurgia, mas morreu no dia seguinte.

Meses depois, a Operação Office Crimes levou à prisão dos suspeitos. Estão detidos o casal apontado como mandante, Julienere Goulart Bastos e César Jorge Sechi; o atirador Alex Roberto de Queiroz Silva; e os intermediários, os policiais militares Heron Teixeira Pena Vieira, Ícaro Nathan Santos Ferreira e Jackson Pereira Barbosa.